A Portela fará uma homenagem a um dos maiores artistas do Brasil, Milton Nascimento, no Carnaval 2025. Dessa forma, a Majestade do Samba levará para a Avenida “Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol – Uma homenagem a Milton Nascimento”, de autoria de André Rodrigues e Antônio Gonzaga.
Foto: Milton Portela - Divulgação
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“Durante todos esses anos, já vivi tantas coisas que eu jamais imaginei que o universo ainda me reservaria mais esse momento. Ser homenageado por uma entidade tão grande como a Portela, é algo que nunca passou pela minha cabeça. Na verdade, até agora eu ainda não estou acreditando, definitivamente…”, contou Bituca
Foto: Milton Portela - Reprodução de vídeo TV Globo
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“Os meninos, André Rodrigues e Antônio Gonzaga, estiveram lá em casa (junto com uma comitiva da Portela) para oficializar o convite, e me contaram um pouco do que estavam planejando. E, tudo que eles disseram, me deixou muito emocionado, mesmo", acrescentou.
Foto: Milton Portela - Divulgação
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"Viver uma experiência dessas como a Portela está me proporcionando é algo tão forte que eu nem sei como descrever isso direito. Mas, uma coisa é certa: meu coração, agora em azul e branco, pulsa por vocês. Muito obrigado, Portela Te vejo em Madureira!”, completou.
Foto: Milton Portela - Reprodução de vídeo TV Globo
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“Quando meu irmão Antônio me trouxe essa ideia de tema na manhã/tarde do desfile das campeãs, eu coloquei todas as outras que eu tinha no bolso. Óbvio que essa ideia era perfeita por levar esse presente pro Milton e para progredir na nossa ideia de Portela..", disse o carnavalesco André Rodrigues.
Foto: Milton Portela - Instagram @oficialportela
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"Queremos uma Portela que agora seja vencedora sem perder a própria essência e o que foi construído em 2024. Feliz e empolgado por toda troca que temos com o Augusto, o Japa e o encontro divinal que tivemos com o Bituca. É a hora da Portela!”, celebrou.
Foto: Milton Portela - Instagram @oficialportela
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“Milton transborda a poesia de ser brasileiro. Carrega as estradas, os caminhos, as andanças e sonhos da nossa gente. A Portela, como essa grande voz das brasilidades, vai se vestir de procissão pra coroar esse imenso sol da nossa música popular", disse o carnavalesco Antônio Gonzaga.
Foto: Milton Portela - Instagram @oficialportela
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"Ficamos muito emocionados em poder desenvolver um enredo que abrace Milton. Milton fez parte da nossa trilha sonora na criação último carnaval. É a voz que embala a vida da gente. A alegria e honra de homenagear essa entidade na imensidão que é a Portela, junto com meu irmão André, é algo que já me faz chorar, emocionar", revelou.
Foto: Milton Portela - Instagram @oficialportela
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"Espero que todos se sintam convidados, peguem suas bandeiras, estandartes, flores e amuletos e se juntem nessa grande procissão rumo ao altar do sol”, adiantou Gonzaga.
Foto: Milton Portela - Instagram @oficialportela
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A sinopse do enredo será divulgada no aniversário da escola, 11 de abril. Além dela, Unidos da Tijuca, Imperatriz Leopoldinense, Beija-Flor de Nilópolis, Paraíso do Tuiuti e Acadêmicos do Grande Rio foram as outras escolas do Grupo Especial que já divulgaram seus enredos.
Foto: Milton Portela - Divulgação
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Milton Silva Campos do Nascimento nasceu no Rio de Janeiro, em 26 de outubro de 1942 e além de cantor, é compositor e multi-instrumentista brasileiro. É reconhecido mundialmente como um dos mais influentes e talentosos artistas da Música Popular Brasileira (MPB).
Carioca de nascença e mineiro de coração (criado em Três Pontas), tornou-se conhecido nacionalmente quando a composição "Travessia", ao lado de Fernando Brant, ocupou a segunda posição na edição de 1967 no Festival Internacional da Canção.
O cantor gravou, ao todo, 34 álbuns, sendo condecorado com cinco estatuetas do Grammy Awards. Entre as quais se destacaram a de Best World Music Álbum em 1998 por Nascimento e a de Best Contemporary Pop Album em 2000 do Grammy Latino por Crooner.
Foto: Grammy 1998 -Milton Portela - Reprodução X @MiltonBitucas
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Milton teve inúmeras parcerias que regravaram suas canções como Angra, Beto Guedes, Caetano Veloso, Chico Buarque, Clementina de Jesus, Crioulo, Elis Regina, Fafá de Belém, Gal Costa, Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Samuel Rosa, Maria Bethânia, Simone, e artistas estrangeiros.
Foto: Milton e Quincy Jones - Milton Portela - Reprodução X @MiltonBitucas
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Milton nasceu num quarto da pensão de Dona Augusta, na rua Conde de Bonfim 472, na Tijuca, no Rio de Janeiro. Filho da empregada doméstica Maria do Carmo do Nascimento, que foi abandonada grávida pelo namorado e o registrou como mãe solteira.
Após a morte de sua mãe, em virtude da tuberculose, Milton, aos dois anos, foi entregue aos cuidados da avó materna, também empregada doméstica. Uma das duas filhas do casal para o qual sua avó trabalhava, a professora de música Lília Silva Campos propôs adotá-lo.
A avó concordou, desde que o trouxesse para vê-lo algumas vezes e não tirassem o nome da sua mãe do registro. O futuro cantor foi adotado por Lília e seu marido Josino Campos, dono de uma estação de rádio.
Foto: reprodução youtube
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A família, então, mudou-se para Três Pontas, em Minas Gerais. Por lá, começou a sua relação com o estado, que tem forte presença em suas canções e estilo de compor e interpretar.
Foi apelidado de "Bituca" ainda criança, por fazer um bico quando estava contrariado, numa referência aos índios botocudos. Milton começou a gostar de música por influência da mãe, que havia estudado com Villa Lobos.
Foto: Instagram @fafadbelem
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Milton casou-se no cartório e na Igreja dos Capuchinhos, na Tijuca, em 1968, com uma estudante chamada Lurdeca. O casal foi viver em Copacabana, porém o matrimônio durou apenas um mês. Na época, optou por investir na carreira e não se casou.
Foto: Carlos Ebert - Wikimédia Commons
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Milton, então, decidiu ser pai, e adotou Augusto, seu único filho, que nasceu em 3 de junho de 1993. Ele o conheceu quando o menino tinha 13 anos, em 2006, em Juiz de Fora. Quando o rapaz completou 23 anos, em 2016, foi oficialmente adotado, passando a assinar Augusto Kesrouani do Nascimento.
Foto: arquivo pessoal
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Gravou a primeira canção, "Barulho de Trem", em 1962. Em Três Pontas, integrava, ao lado de Wagner Tiso, o grupo W's Boys, que tocava em bailes. Em Belo Horizonte, começou a compor e surgiram "Novena" e "Gira Girou" (1964), ambas com Márcio Borges.
Nos anos 60, Milton escreveu, em parceria com César Roldão Vieira, as canções para a peça infantil "Viagem ao Faz de Conta" de Walter Quaglia. Além disso, o cantor entrou no estúdio acompanhado pelo 'Tamba Trio. no Rio de Janeiro, em 1967, para gravar seu primeiro disco.
Foto: Reprodução/@alcioneamarrom
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O encontro de 'Milton & Tamba' com os arranjos de Luizinho Eça fazem de 'Travessia' um álbum definitivo e marcante. Em 1966, a composição "Canção do Sal" foi gravada por Elis Regina. A gaúcha foi a primeira cantora famosa a gravar suas composições.
Foto: Milton Portela - Reprodução X @MiltonBitucas
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Quatro anos depois, em São Paulo, com o conjunto Som Imaginário, destacou-se com "Para Lennon e McCartney", ao lado de Fernando Brant, Márcio Borges, Lô Borges, Clube da Esquina.
Em uma pensão na capital mineira, no Edifício Levy, Milton conheceu os irmãos Borges, Marilton, Lô e Márcio. Dos encontros na esquina, surgiram as letras de canções como "Cravo e Canela", "Alunar", "Para Lennon e McCartney", "Trem Azul", "Nada Será Como Antes", "Estrelas", "São Vicente" e "Cais".
Aos meninos fãs do The Beatles e do The Platters vieram juntar-se Tavinho Moura, Flavio Venturini, Beto Guedes, Fernando Brant, Toninho Horta. Em 1972 a EMI gravou o primeiro LP, Clube da Esquina, que era duplo.
Milton Nascimento foi convidado por Wayne Shorter a gravar um disco com ele, em 1975. O álbum chamava-se Native Dancer e serviu para projetar o cantor no mercado norte-americano.
Foto: instagram/@miltonbitucanascimento
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Entre outras canções, há "Maria Maria", de 1978, com Fernando Brant, e a interpretação de "Coração de Estudante" (Wagner Tiso), que se tornou o hino das Diretas Já e dos funerais de Tancredo Neves (1985). Posteriormente, a "Canção da América" foi o tema de fundo dos funerais de Ayrton Senna (1994).
Foto: Marrison Dantas - Flickr
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Originalmente idealizado para a montagem do ballet teatro do Balé Teatro Guaíra (Curitiba, 1982), o espetáculo "O Grande Circo Místico" foi lançado em 1983. Bituca integrou o grupo seleto de intérpretes da MPB que viajaram o país durante dois anos apresentando o projeto.
Foto: Paulison Miura wikimedia commons
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Após a ditadura, participou em 1985 do "Nordeste Já", versão brasileira do USA for África que criou as canções "Chega de Mágoa" e "Seca D'água". homenageado.
Foto: Roberto Filho - Wikimédia Commons
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Num documentário sobre sua carreira exibido na TV Cultura em 2008, com depoimentos de inúmeros artistas, Milton revelou quem foi um grande divulgador de sua arte no Rio de Janeiro em fins da década de 60. Agostinho dos Santos - ídolo confesso do fã "Bituca" - o conheceu e o levou para o meio artístico.
Foto: divulgação
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Esta será a segunda vez de Milton como enredo na Sapucaí. A primeira havia sido em 1989 com a Unidos do Cabuçu.
Foto: Reprodução/Youtube
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A escola de samba paulistana Tom Maior fez do cantor seu enredo para o desfile de 2016 com o título: "Travessias de Milton Nascimento", em homenagem aos seus 50 anos de carreira do artista.
Foto: Flickr/ Bruno Viterbo
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Além disso, o cantor é padrinho da banda Roupa Nova e foi homenageado pelo sexteto carioca em uma participação especial no CD/DVD ao vivo da banda na faixa "Nos Bailes da Vida", de composição do próprio Milton, como forma de agradecimento.
Foto: Marcos Hermes - divulgação
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A Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) concedeu a Milton Nascimento o título de Doutor Honoris Causa. É também Doutor Honoris Causa pela Berklee College of Music, título concedido em maio de 2016 em Boston, Massachusetts, nos Estados Unidos. Em 2023, optou por
Milton Nascimento encerrou sua carreira em 2022 com a turnê internacional "A Última Sessão de Música”, uma última homenagem aos fãs. O show de despedida foi no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.
“Posso dizer que sou muito feliz com tudo que conquistei em todos esses anos. Não me arrependo de nada, e agradeço pelas muitas experiências que a vida me deu. Aos fãs, muito obrigado por tornarem minha vida tão linda”, celebrou Milton Nascimento
Foto: Milton Portela - Reprodução X @MiltonBitucas