Ministro Haddad 'briga' para conseguir R$ 12 bilhões de dividendos da Petrobras

O governo ainda não tomou decisão sobre o pagamento dos dividendos extraordinários depois do embate entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da estatal, Jean Paul Prates

4 abr 2024 - 09h39
(atualizado em 10/4/2024 às 14h22)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entrou na briga para tentar resolver o contencioso pelo poder dentro da Petrobras. A consequência indireta desta 'peleja' deve ser um reforço significativo para os cofres do Tesouro Nacional.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda
Fernando Haddad, ministro da Fazenda
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil / Perfil Brasil

Se for solucionado o nó dos dividendos extras, a Petrobras vai colaborar com pelo menos R$ 12 bilhões a mais para contas do governo até o meio do ano, um recurso que não está previsto no Orçamento, calculam fontes da empresa e do governo, segundo a CNN.

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"Pode ser até ser um pouco mais", diz um técnico do ministério da Fazenda. O valor equivale aos 20% que o Tesouro teria direito como acionista majoritário da empresa. No total, calcula-se que a Petrobras pode pagar mais de R$ 60 bilhões aos seus acionistas no total até o fim de junho.

É um reforço considerável para o caixa da União, que perdeu montante equivalente, cerca de R$ 12 bilhões, ao ver rejeitada pelo Congresso a MP que reonera a folha de pagamento.

A Petrobras e a luta pelos dividendos

O governo ainda não tomou uma decisão sobre o pagamento dos dividendos extraordinários depois do embate entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

Haddad está participando ativamente dos debates dentro da estatal e indicou Rafael Dubeux para o conselho no lugar de Sergio Rezende, que hoje é um nome ligado ao presidente Lula.

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Algumas fontes do mercado afirmaram que a entrada de Haddad no jogo é mais uma interferência do governo na Petrobras. Por outro lado, ponderam que a empresa está totalmente tomada por interesses, com decisões importantes sendo tomadas dentro do Planalto, que o ministro pode dar alguma racionalidade às discussões.

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