Ministros de direita do governo israelense criticam proposta de cessar-fogo no Líbano

Mesmo o líder da oposição, Yair Lapid, expressou sentimento semelhante, ao dizer que um cessar-fogo mais curto poderia fazer sentido, mas que "não aceitaremos qualquer proposta que não inclua a remoção do Hezbollah da nossa fronteira norte"

26 set 2024 - 11h39

Ministros israelenses de direita têm expressado indignação com relatos de que os Estados Unidos estão pressionando por um cessar-fogo de semanas no Líbano e também com o silêncio do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Bezalel Smotrich (ao centro), ministro das Finanças de Israel, também se posicionou contra um cessar
Bezalel Smotrich (ao centro), ministro das Finanças de Israel, também se posicionou contra um cessar
Foto: fogo – @bezalelsm/Reprodução/X / Perfil Brasil

O contexto dessa situação agravou-se na quarta-feira, quando o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Israel, Herzi Halevi, disse às tropas lotadas no norte que os ataques aéreos no Líbano tinham como objetivo "preparar o terreno para a sua possível entrada e continuar a degradar o Hezbollah".

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A falta de comentários de Netanyahu sobre os relatos divulgados pela CNN e outros noticiários aumenta a incerteza em torno das intenções do governo.

Qual é a posição de Netanyahu?

O primeiro-ministro não negou tampouco confirmou as informações sobre um possível cessar-fogo. A ida à Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, suscita a hipótese de que o evento poderia servir de palco para negociações. Contudo, a ausência de uma declaração clara de Netanyahu tem gerado preocupação e frustração entre seus ministros, principalmente os de direita.

Reações no governo de Israel

A resposta dos ministros de direita foi veemente. O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, declarou enfaticamente: "Não deve ser dado tempo ao inimigo para recuperar dos duros golpes que recebeu e para se reorganizar para a continuação da guerra após 21 dias".

Ministros de direita

Além de Smotrich, o partido Poder Judaico, liderado pelo ministro da Segurança Nacional Itamar Ben-Gvir, sugeriu a realização de uma "reunião urgente" - uma ameaça implícita à fragilidade da coalizão governamental de Netanyahu. Outros membros da coalizão também expressaram insatisfação. A ministra Orit Strook afirmou que "não existe mandato moral para um cessar-fogo. Não por 21 dias. E não por 21 horas".

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Mesmo o líder da oposição, Yair Lapid, expressou um sentimento semelhante, dizendo que um cessar-fogo mais curto poderia fazer sentido, mas "não aceitaremos qualquer proposta que não inclua a remoção do Hezbollah da nossa fronteira norte". Esta visão destaca a ampla concordância, mesmo entre adversários políticos, sobre a ameaça representada pelo Hezbollah.

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