No comando da Secretaria de Comunicação Social (Secom), o ministro Paulo Pimenta afirmou neste domingo, 17, afirmou que seus colegas na Esplanada dos Ministérios terão que intensificar seus esforços para lidar com a ausência de Flávio Dino, até então o representante mais forte do governo nos confrontos com o bolsonarismo.
"Quando um time perde um jogador com a qualidade do Flávio Dino, cada um dos outros jogadores vai ter que jogar um pouquinho mais para poder compensar. Ele é um quadro político excepcional, experiente, qualificado e corajoso. Um porta-voz importante do governo. Essa ausência terá que ser respondida com um pouco mais de desempenho, de entrega, de cada um de nós", disse em entrevista ao jornal O Globo.
O ministro também revelou que o governo pretende alterar a estratégia digital, incluindo a contratação de serviços para impulsionar conteúdo nas redes sociais. A decisão ocorre após pesquisas de opinião indicarem queda na popularidade na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.
"Não existe na Secom um contrato de publicidade e de produção de conteúdo digital. Qualquer empresa, governo estadual ou prefeitura tem. O edital deve ser publicado na próxima semana e, pela primeira vez, o governo terá condição de ter uma política digital. Fundamentalmente com conteúdo institucional, de serviço", afirmou.
"Hoje, por exemplo, se eu quero uma comunicação específica sobre vacinação, eu não tenho como fazer um impulsionamento por banco de dados que mostre quais são as crianças que estão atrasadas na vacinação. Se quiser escolher uma campanha sobre a dengue, vou me comunicar com as cidades que têm incidência maior do mosquito", completou.
O ministro ainda criticou a demora do X (ex-Twitter) para restabelecer o perfil da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, após o ataque hacker ocorrido na última semana.
"É responsabilidade das plataformas. Não teremos nenhuma mudança de conduta. Não é possível que com o suporte do governo, da Polícia Federal e com a sensibilidade do papel que ela desempenha, tenha levado uma hora e meia para que a plataforma pudesse agir. Essas redes não podem se omitir", disse.