Gabrielly Vitória, de 19 anos, foi destituída do título de Miss Araucária após um vídeo polêmico ser divulgado. A gravação mostra a jovem jogando bombinhas para, supostamente, espantar gatos de um terreno vizinho, causando grande repercussão na comunidade e nas mídias.
Ela é investigada pela Polícia Civil do Paraná (PC-PR) por suspeita de maus-tratos. O caso ocorreu em Curitiba no último domingo (7).
O que aconteceu?
Em resposta à repercussão do vídeo, os responsáveis pelo Miss Araucária retiraram o título da jovem. "A coordenação não compactua com tal atitude e acreditamos que esta ação não representa o que se espera de uma Miss que, entre outras coisas, está a defesa pelos animais", publicaram em um comunicado. O reinado de Gabrielly deveria durar até o próximo concurso, que será realizado em 22 de março e vai eleger a Miss 2025.
Gabrielly alegou que sua intenção não era machucar os animais, mas apenas dispersá-los devido ao incômodo causado pelos ruídos durante a noite. Contudo, o vídeo foi interpretado de maneira diferente, provocando indignação entre aqueles que defendem os direitos dos animais.
Por que o vídeo da então Miss repercutiu nas redes sociais?
O vídeo publicado por Gabrielly nas redes sociais gerou uma onda de críticas e trouxe à tona a discussão sobre mau-tratos a animais. As imagens mostraram a jovem armando o artefato pirotécnico e lançando-o no jardim onde os gatos costumavam ficar, ainda que não houvesse nenhum animal visível na gravação. No dia seguinte, Gabrielly postou uma foto dos animais e escreveu que "a bombinha não deu certo". Com a reação do público, ela apagou o conteúdo.
Apesar das desculpas publicamente declaradas, onde reconheceu que o vídeo passa uma mensagem errada, o impacto foi profundo. Os espectadores sublinharam a falta de empatia e de consciência das consequências das próprias ações.
Qual a implicação jurídica para a jovem?
A repercussão do vídeo não parou apenas em críticas. A Polícia Civil do Paraná abriu um inquérito para investigar o caso sob a suspeita de maus-tratos a animais. De acordo com o delegado responsável pelo caso, o uso de explosivos, mesmo que direcionado a espantar os animais e não a feri-los, pode ser enquadrado como crime no Brasil.
Adicionalmente, a legislação brasileira prevê pena de dois a cinco anos de prisão, além de multa, para aqueles condenados por maltratar cães e gatos. As investigações continuam e abrangem não apenas Gabrielly mas também demais indivíduos envolvidos no ato.
