Circula nas redes sociais a informação de que o PT entrou na Justiça para impedir que o Moro tome posse como ministro da Justiça. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que essa informação fosse analisada. Confira a seguir o trabalho de verificação feito pela Lupa:
"PT entra na justiça para impedir posse de Moro como ministro"
Texto publicado no site República de Curitiba com mais de 350 mil interações no Facebook até as 19h45 do dia 13 de novembro
VERDADEIRO
No dia 06 de novembro, deputados federais e senadores do PT apresentaram uma representação contra o juiz Sergio Moro no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pelo fato de o magistrado ter aceitado o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
No texto, os petistas alegam "parcialidade" do juiz federal pelas decisões tomadas durante o período eleitoral, e pedem que Moro seja impedido de assumir outro cargo público até que o caso seja apurado.
O PT sustenta a tese de que Moro recebeu o convite para ser ministro antes do fim das eleições, e que, por isso, tentou interferir no processo eleitoral. De acordo com o documento, o juiz teria interferido no processo eleitoral ao condenar o ex-presidente Lula antes do primeiro turno do pleito e ao liberar o conteúdo do depoimento de delação premiada prestado pelo ex-ministro Antônio Palocci.
"É a maculação indiscutível dos princípios da imparcialidade e da isenção, a exigir reparação, sob pena de comprometer a imagem do Poder Judiciário como um todo", diz trecho da representação, assinada por oito petistas: os deputados federais Paulo Pimenta e Paulo Teixeira, e os senadores Jorge Viana, Gleisi Hoffmann, Lindbergh Farias, Regina Sousa, Paulo Rocha e Humberto Costa.
Na semana passada, o corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, abriu processo no CNJ para que Moro responda sobre "suposta atividade político-partidária" após o juiz aceitar o convite para integrar o governo de Jair Bolsonaro. Moro deverá dar explicações ao órgão até o fim deste mês.
*Nota: esta reportagem faz parte do projeto de verificação de notícias no Facebook. Dúvidas sobre o projeto? Entre em contato direto com o Facebook.