#Verificamos: PT acionou CNJ para impedir posse de Moro

Partido dos Trabalhadores se pronunciou contra anúncio do juiz como ministro da Justiça

13 nov 2018 - 21h23
(atualizado às 22h27)

Circula nas redes sociais a informação de que o PT entrou na Justiça para impedir que o Moro tome posse como ministro da Justiça. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que essa informação fosse analisada. Confira a seguir o trabalho de verificação feito pela Lupa:

"PT entra na justiça para impedir posse de Moro como ministro"

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Texto publicado no site República de Curitiba com mais de 350 mil interações no Facebook até as 19h45 do dia 13 de novembro

Sérgio Moro concede entrevista em Curitiba
 6/11/2018    REUTERS/Daniel Derevecki
Sérgio Moro concede entrevista em Curitiba 6/11/2018 REUTERS/Daniel Derevecki
Foto: Reuters

VERDADEIRO

No dia 06 de novembro, deputados federais e senadores do PT apresentaram uma representação contra o juiz Sergio Moro no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pelo fato de o magistrado ter aceitado o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

No texto, os petistas alegam "parcialidade" do juiz federal pelas decisões tomadas durante o período eleitoral, e pedem que Moro seja impedido de assumir outro cargo público até que o caso seja apurado.

O PT sustenta a tese de que Moro recebeu o convite para ser ministro antes do fim das eleições, e que, por isso, tentou interferir no processo eleitoral. De acordo com o documento, o juiz teria interferido no processo eleitoral ao condenar o ex-presidente Lula antes do primeiro turno do pleito e ao liberar o conteúdo do depoimento de delação premiada prestado pelo ex-ministro Antônio Palocci.

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"É a maculação indiscutível dos princípios da imparcialidade e da isenção, a exigir reparação, sob pena de comprometer a imagem do Poder Judiciário como um todo", diz trecho da representação, assinada por oito petistas: os deputados federais Paulo Pimenta e Paulo Teixeira,  e os senadores Jorge Viana, Gleisi Hoffmann, Lindbergh Farias, Regina Sousa, Paulo Rocha e Humberto Costa.

Na semana passada, o corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, abriu processo no CNJ para que Moro responda sobre "suposta atividade político-partidária" após o juiz aceitar o convite para integrar o governo de Jair Bolsonaro. Moro deverá dar explicações ao órgão até o fim deste mês.

*Nota: esta reportagem faz parte do projeto de verificação de notícias no Facebook. Dúvidas sobre o projeto? Entre em contato direto com o Facebook.

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