O senador Sergio Moro, que cumprimentou Flávio Dino com um abraço no início da sabatina, esclareceu que esse gesto não sugere um voto favorável à sua indicação. A declaração foi feita no momento em que o senador fazia perguntas aos indicados. Em pouco tempo, o registro viralizou nas redes sociais.
"Fui até ai cumprimentá-lo. É um gesto de cordialidade. Vossa excelência me perguntou algo e eu achei graça, dei uma risada. Tiraram várias fotos e já está viralizando, como se isso representasse a minha posição. Sempre deixei muito claro que eu tenho diferenças com o atual governo e vossa excelência faz parto do atual governo. Tenho diferenças profundas e tenho sido crítico, mas não perderei a civilidade. E não vou abrir mão disso para que possamos reduzir a polarização", disse.
Em outro momento, o senador destacou que o País tem testemunhado um aumento na onda de criminalidade e ressaltou que, apesar da responsabilidade da área de segurança pública, “muitas vezes aparecem decisões judiciais e posturas que as pessoas não compreendem”.
"Não quero fazer um ataque institucional a ninguém, só estou fazendo uma constatação. Tudo isso vai dando às pessoas a sensação de que a segurança pública e os tribunais não estão atentando para essa problemática da criminalidade", declarou.
Ao criticar a indicação de Lula para o STF, Moro apontou que, se a nomeação de Dino for aprovada, restará apenas uma mulher na Corte: a ministra Cármen Lúcia.
"Antes da indicação, entre os nomes ventilados, não havia uma mulher. Isso nos leva a crer que se houvesse outra vaga, também não seria indicada uma mulher", completou