Amigos, conhecidos e fãs do campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Pereira do Nascimento Lo, morto com um tiro na cabeça neste domingo, 7, compareceram ao velório, no Cemitério do Morumby, zona sul da São Paulo, usando quimonos de várias cores e de diferentes academias.
O uso da vestimenta foi um pedido da família como uma forma de homenagear o lutador de 33 anos. A movimentação é grande, mas o acesso é restrito aos parentes e amigos mais próximos. Os lutadores permanecem em silêncio.
"Ele era admirado por todos. Eu não era companheiro de treino dele, mas era uma figura carismática, que deixa um legado enorme para o esporte. O quimono é uma última homenagem, mas o nome dele vai ficar na história", afirmou o amigo Fernando Lopes, que usava um quimono branco.
Os lutadores já haviam se mobilizado no domingo à noite, na porta do 17º Distrito Policial, no Ipiranga, zona sul de São Paulo. Eles esperavam o tenente da Polícia Militar Henrique Otavio Oliveira Velozo, de 30 anos, suspeito de ter matado o campeão mundial de jiu-jítsu. O grupo gritou frases como "justiça", "jiu-jítsu, unido, jamais será vencido". Lo foi atingido com um tiro durante a madrugada em um show do grupo Pixote, no Clube Sírio, na zona sul.
A Polícia Civil de São Paulo prendeu o policial militar após a Justiça determinar a sua prisão temporária por 30 dias.