Morte de mulher após queda de elevador do 5° andar de prédio é investigada

Segundo moradores do prédio, que fica em Higienópolis, SP, o elevador havia passado por manutenção da empresa Atlas Schindler 12 dias antes do acidente

4 out 2024 - 21h25

Em uma manhã trágica de 6 de agosto de 2023, um acidente envolvendo o despencamento de um elevador marcou a vida de muitas pessoas no Edifício Santo André, localizado na esquina da Rua Piauí com a Avenida Angélica, em São Paulo. O incidente resultou em ferimentos graves para três pessoas, incluindo Adriana Maria de Jesus, que infelizmente faleceu dias depois, em 13 de agosto.

Adriana, de 45 anos, estava trabalhando na limpeza de um apartamento e havia acabado de retornar de uma ida ao mercado quando o acidente ocorreu
Adriana, de 45 anos, estava trabalhando na limpeza de um apartamento e havia acabado de retornar de uma ida ao mercado quando o acidente ocorreu
Foto: Reprodução / Perfil Brasil

A tragédia gerou comoção e levantou questões sobre a segurança dos elevadores antigos, principalmente considerando que o equipamento em questão estava em operação há mais de 60 anos. Adriana, de 45 anos, estava trabalhando na limpeza de um apartamento e havia acabado de retornar de uma ida ao mercado quando o acidente ocorreu.

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Como aconteceu o despencamento do elevador?

No dia fatídico, Adriana entrou no elevador com as compras. Tudo parecia normal, e não havia indícios de sobrepeso. Quando o elevador chegou ao sétimo andar, dois prestadores de serviço entraram. No momento em que Adriana apertou o botão para descer, o elevador despencou, resultando em várias fraturas para ela e os outros dois passageiros.

Seu marido, Gildélio Alves dos Santos, porteiro do edifício, contou ao G1 que o piso do elevador rompeu, causando fraturas graves em Adriana. "Ela estava consciente quando foi socorrida e pediu para que eu cuidasse de nossa família", lembrou ele.

Quais foram os desdobramentos após o incidente?

Após o acidente, Adriana passou por várias cirurgias, mas não resistiu aos ferimentos. Os outros dois homens feridos, um de 63 e outro de 27 anos, também foram hospitalizados e posteriormente liberados. Um deles, no entanto, ficou com sequelas que o impossibilitam de andar.

O ocorrido levantou uma bandeira entre os moradores do prédio e outros interessados, que pedem justiça para a família de Adriana e segurança em edifícios públicos.

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Investigação e medidas de segurança

A empresa responsável pela manutenção do elevador, Atlas Schindler, se pronunciou afirmando que solidariza-se com os envolvidos e está colaborando com as investigações. A empresa destacou que o elevador precisava de modernização e que a segurança é um de seus principais pilares.

O caso está sob investigação do 4º Distrito Policial da Consolação. As autoridades buscam esclarecer os fatos e determinar responsabilidades. A Prefeitura de São Paulo confirmou que os elevadores do edifício estavam dentro do prazo de inspeção anual válido, sem pendências relacionadas ao funcionamento.

Gildélio, em meio à dor da perda, recebe o apoio dos moradores e colegas de trabalho, incluindo alguns do próprio edifício. Ele reforça a importância de se investigar a fundo para evitar que tragédias como essa voltem a acontecer.

O Sindicato dos Trabalhadores em Edifícios e Condomínios de São Paulo manifestou seu pesar pela morte de Adriana e expressou seu compromisso em acompanhar de perto as investigações. A nota destaca a importância da segurança no ambiente de trabalho e nas moradias.

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Em situações como essa, a solidariedade e o apoio da comunidade são fundamentais para amparar os que ficam, como no caso de Gildélio, que encontrou em seus vizinhos e colegas um suporte significativo para enfrentar o luto.

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