O número de mortes cometidas por policiais militares (PMs) no estado de São Paulo cresceu 94% no primeiro bimestre deste ano, quando se compara com o mesmo período de 2023, início da gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) à frente do governo.
Houve um aumento de 69 para 134 mortes neste período. Os dados constam em levantamento feito pela GloboNews e pelo g1, tendo por base nos números divulgados pelo Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), do Ministério Público Estadual.
De acordo com avaliação do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, tais dados são alarmantes.
"Há uma preocupação com esse crescimento acentuado de mortes provocadas por intervenções policiais, especialmente em serviço", diz Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum.
Ela ainda acrescentou que "chama atenção também o número de mortos na Baixada Santista, que mostra um dos efeitos deletérios da Operação Verão e como ela tem se convertido na prática, numa espécie de 'operação vingança' por causa do assassinato do soldado Cosmo".
Segundo o levantamento, no primeiro bimestre de 2021 houve 121 mortes; em 2022, 52; em 2023, 69; e em 2024, 134. Esses números incluem mortes cometidas por PMs de serviço e de folga em todo território paulista.
Em nota ao g1, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), comandada por Guilherme Derrite, afirmou que "não comenta pesquisas cuja metodologia desconhece" e que a "opção pelo confronto é sempre do suspeito, que coloca em risco a vida do policial e da população".
Nosso combate ao crime organizado só é possível porque temos um governador que tem a coragem de fazer o que precisa ser feito, de apoiar seus policiais que hoje entram em áreas que até então ninguém entrava e onde o tráfico de drogas se sentia à vontade. pic.twitter.com/rWTyUZyJ52
— Guilherme Derrite (@DerriteSP) February 29, 2024