Motorista do Porsche azul irá para júri popular por homicídio e lesão

Testemunhas oculares e pessoas próximas de Fernando Sastre indicaram que ele havia consumido bebidas alcoólicas antes de dirigir

29 set 2024 - 16h16

A Justiça de São Paulo manteve a prisão preventiva do motorista do Porsche azul e ele será levado a júri popular. O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho será julgado por homicídio e lesão. Ele causou um acidente que matou um homem e feriu outro na Zona Leste de São Paulo. O caso aconteceu em 31 de março em São Paulo.

Fernando Sastre, o condutor do Porshe que matou motorista de aplicativo em colisão –
Fernando Sastre, o condutor do Porshe que matou motorista de aplicativo em colisão –
Foto: Reprodução/ TV Globo / Perfil Brasil

Fernando é acusado de homicídio qualificado por "perigo comum" e "lesão corporal gravíssima", devido à alta velocidade e ao consumo de álcool antes do acidente. A colisão resultou em ferimentos graves para o passageiro do Porsche, Marcus Vinicius Machado Rocha, e a morte de um motorista de aplicativo.

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O acidente aconteceu a uma velocidade de 136 km/h, segundo laudos do Instituto de Criminalística, muito acima do limite de 50 km/h da avenida. O impacto destruiu a traseira do Renault e resultou em ferimentos sérios para os envolvidos. Marcus, o passageiro do Porsche, ficou internado por dez dias e precisou de cirurgia para a retirada do baço.

Testemunhas oculares e pessoas próximas de Fernando indicaram que ele havia consumido bebidas alcoólicas antes de dirigir. A estudante Juliana de Toledo Simões, namorada de Marcus, gravou um vídeo que mostra Fernando em uma situação descontraída, sugerindo estado de embriaguez.

A promotora Monique Ratton e posteriormente Letícia Stuginski Stoffa conduzem a acusação contra Fernando. O empresário alega que o acidente foi uma fatalidade e nega ter bebido ou corrido. Durante seu interrogatório, ele afirmou que estava brincando no vídeo que o mostra com voz pastosa.

O julgamento de Fernando será conduzido pelo juiz Roberto Zanichelli Cintra e ocorrerá no Fórum Criminal da Barra Funda. Sete jurados decidirão se ele é culpado ou inocente. Em caso de condenação, a pena pode chegar a até 30 anos de prisão. A decisão de mantê-lo preso enquanto aguarda o julgamento foi reafirmada, negando cinco pedidos de liberdade feitos pela defesa.

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