Mais de 170 países devem ter manifestações durante a greve que ocorrerá no Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março.
Dentre eles, a nação que deve ter maior engajamento, ao menos na Europa, é a Espanha. Organizações de defesa dos direitos das mulheres promoverão uma greve geral no país, sob o slogan "Sem nós, o mundo para".
A plataforma Comision8M inspirou-se na histórica abstenção no trabalho feita por islandesas em 1975 - que foi seguida por cerca de 90% das cidadãs.
A pausa também é prevista para as tarefas domésticas, cuidados com outras pessoas, como marido e filhos, e no consumo.
Os dois principais sindicatos do país, a Confederação Sindical de Comissões Operárias (Ccoo) e a União Geral de Trabalhadores (UGT), convidaram as mulheres a realizarem uma pequena greve de duas horas durante o período de trabalho. Para aquelas que trabalham pela manhã, das 11h30 às 13h30, e para as que trabalham de tarde, das 16h às 18h.
As associações, cientes do quanto a paralisação "afeta a todos, trabalhadores e trabalhadoras", ressaltam que o objetivo é "chamar atenção para que as coisas não continuem como estão agora".
Alguns sindicatos menores, por sua vez, convocaram greve durante todo o dia 8 de março. As trabalhadoras rurais também poderão aderir ao movimento.
Outros países
O Brasil, também inspirado em movimentos anteriores, realizará atos em defesa dos direitos das mulheres.
Batizada de "8M Brasil", a mobilização prevê pequenas pausas no trabalho, que estão marcadas para acontecer entre 12h30 e 13h30.
Durante o período de greve, o objetivo é debater questões como a violência contra a mulher e a desigualdade salarial.
O evento também as convida a não fazerem tarefas domésticas ou cuidar de pessoas da família nesta quinta-feira.
Dentre as cidades que realizarão atos, estão São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Brasília, Belo Horizonte e Recife.
A "International's Women Strike" também visa atingir o público feminino do mundo todo com flashmobs, passeatas, greves, debates e shows por países como Argentina, Austrália, Alemanha, Turquia, México e Canadá.
Na Itália, o movimento, chamado "Non Una Di Meno", é liderado pela atriz Asia Argento, uma das mulheres que acusam o produtor Harvey Weinstein de estupro.