Afegãos em risco "não têm saída clara", diz agência de refugiados da ONU

20 ago 2021 - 11h08

A maioria dos afegãos é incapaz de partir de sua terra natal, e os que estão em perigo "não têm uma saída clara", disse o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) nesta sexta-feira.

Refugiados no Aeroporto de Cabul
  U.S. Marine Corps/Sgt. Isaiah Campbell
Refugiados no Aeroporto de Cabul U.S. Marine Corps/Sgt. Isaiah Campbell
Foto: Reuters

Shabia Mantoo, porta-voz do Acnur, reiterou seu apelo para que países vizinhos mantenham suas fronteiras abertas para permitir que as pessoas peçam asilo à luz do que classificou como uma "crise em desenvolvimento".

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"A grande maioria dos afegãos é incapaz de deixar o país através dos canais comuns", disse ela em uma entrevista coletiva em Genebra. "A partir de hoje, aqueles que podem estar em perigo não têm uma saída clara."

Só houve "movimentos de pequena escala" de afegãos cruzando para o Paquistão e o Irã, disse Mantoo. Os dois países já abrigam 90% dos 2,6 milhões de refugiados afegãos registrados desde que fugiram de sua pátria ao longo das últimas duas décadas.

Mais de 18 mil pessoas foram retiradas de avião de Cabul desde que o Taliban tomou a capital do Afeganistão, disse uma autoridade da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta sexta-feira, prometendo dobrar tais esforços em meio ao aumento das críticas à maneira como o Ocidente lida com a crise.

Mantoo elogiou a retirada de cidadãos afegãos por meio de tais programas bilaterais separados, mas enfatizou que estes não deveriam substituir uma "reação humanitária internacional urgente e mais ampla".

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"O Acnur continua preocupado com o risco de violações de direitos humanos contra civis neste contexto de desenvolvimento, incluindo mulheres e meninas", acrescentou.

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