Afegãos LGBT+ estão desesperados para fugir do Talibã

O medo da violência sob o jugo do grupo extremista provoca um esforço frenético de fuga

20 ago 2021 - 17h23
(atualizado às 17h45)

Nunca foi fácil ser gay ou transgênero no Afeganistão. Agora pode ser mortal, de acordo com afegãos LGBT+, cujo medo da violência sob o jugo do Talibã provoca um esforço frenético de fuga. 

Mas como sair é outra questão, já que o apoio vindo do exterior é escasso e ainda menor é a esperança de que os militantes islâmicos permitirão sua entrada no aeroporto. "Se eu conseguir um visto e um país me der permissão para partir, é claro que arriscarei tudo para sair", disse um estudante afegão gay, cujo nome foi omitido para sua segurança. 

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"Qualquer país, mas não aqui. Morar aqui não significa nada para nós."

16/08/2021
REUTERS/Stringer
16/08/2021 REUTERS/Stringer
Foto: Reuters

As probabilidades de fuga não estão a favor do jovem de 21 anos, que está escondido em casa paralisado pelo terror do que pode acontecer nas ruas, e há poucas rotas de saída abertas em meio ao caos que reina no aeroporto.

Tampouco está claro onde os afegãos LGBT+ podem ser bem-vindos para criarem um lar ou se sexualidade ou gênero são critérios para asilo automático em muitos países do mundo.

O Canadá prometeu reassentar 20 mil afegãos, incluindo explicitamente pessoas LGBT+ em seu compromisso, o que o torna uma exceção. Já o grupo de defesa LGBT+ canadense Rainbow Railroad pede a governos que ajudem refugiados afegãos gays e transgêneros.

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Mas em outras democracias ocidentais, incluindo Estados Unidos e Europa, não havia tal clareza.

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