A África do Sul disse nesta sexta-feira que impor restrições aos viajantes do país por causa de uma variante da covid-19 recém-identificada é uma decisão injustificada, após a proibição britânica de voos da África do Sul e países vizinhos, seguida por outras nações.
O ministro da Saúde, Joe Phaahla, afirmou em coletiva de imprensa que a África do Sul está agindo com transparência e que as proibições de viagens vão contra as normas e padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS), que realizou uma reunião de emergência sobre a variante chamada ômicron.
Os cientistas até agora detectaram a variante em números relativamente pequenos, principalmente na África do Sul, mas também em Botsuana, Hong Kong e Israel. Mas eles estão preocupados com seu alto número de mutações, que levantaram alarme de que poderia ser mais resistente à vacina e transmissível.
A OMS designou ômicron como "de preocupação", seu nível mais grave, após reunião de seu grupo técnico consultivo.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, conversaram na tarde desta sexta-feira e discutiram maneiras de retomar as viagens internacionais, disse um porta-voz de Downing Street.
"Nossa preocupação imediata é o dano que esta decisão causará tanto ao setor de turismo quanto aos negócios de ambos os países", disse a ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor, em um comunicado.
Ramaphosa reunirá um conselho consultivo no domingo para considerar as evidências sobre a variante.