A África do Sul anunciou nesta terça-feira (3) que vai priorizar questões do continente africano na presidência do G20, a fim de reduzir as desigualdades regionais e promover o desenvolvimento sustentável.
A declaração foi dada pelo presidente do país, Cyril Ramaphosa, que desde 1º de dezembro está na liderança do grupo, comandado pelo Brasil em 2024.
"Trata-se de um grande momento para o nosso continente e para os países do Sul Global", afirmou Ramaphosa, destacando ainda que deseja que sua liderança no G20 "tenha um sabor africano na substância e proponha as perspectivas do continente".
Até a entrada da União Africana (UA) no grupo, em 2023, a África do Sul foi "a voz solitária dos africanos por muito tempo", declarou o chefe de Estado.
De acordo com Ramaphosa, as prioridades de sua gestão no G20, composto por 19 países, pela UA e pela União Europeia, serão reforçar a resiliência às catástrofes climáticas, mobilizar financiamento para a transição de energia verde e discutir a dívida externa de países de baixa renda.
"Utilizaremos o G20 para apoiar o uso de minerais críticos como motor do crescimento e do desenvolvimento do nosso continente", assegurou Ramaphosa.
Essa é a primeira vez que um país africano assume a liderança do G20, que nas últimas três edições foi comandado por representantes do Sul Global: Brasil, Índia e Indonésia. Após a África do Sul, o bloco será liderado pelos Estados Unidos de Donald Trump.
"Acredito que haverá amortecedores suficientes para permitir que o G20 continue a funcionar de uma forma que promova os interesses do mundo", disse Ramaphosa sobre a futura passagem de bastão para Trump no fim de 2025.
"Existem tantos campos de golfe magníficos em nosso país", brincou o presidente sul-africano, citando uma das paixões do magnata americano. .