O principal responsável da agência de Aviação Civil russa (Rosaviatsia) rejeitou nesta segunda-feira a conclusão de que a tragédia do avião russo que caiu no sábado no Egito se deve a uma "causa externa".
"É completamente prematuro falar sobre as razões, já que não há bases para isso", afirmou o presidente da Rosaviatsia, Alexander Neradko, em declarações ao canal de televisão "Rossia-24".
"Quero fazer uma chamada à comunidade aeronáutica para que se abstenha de tirar conclusões prematuras", afirmou.
Naradko se referia às declarações feitas hoje em entrevista coletiva por vários diretores da companhia aérea MetroJet (Kogalymavia), proprietária do avião acidentado no Egito com 224 pessoas a bordo.
Após descartar o fator mecânico e o humano, as fontes disseram que a única causa possível para que o Airbus A321 se desintegrar no ar é "uma ação mecânica exterior".
"A única causa que pode explicar é uma ação mecânica exterior na aeronave", disse o vice-diretor geral da companhia para voos, Alexander Smirnov.
"Não pode haver tal conjunção de erros de sistemas que levem o avião a se desintegre no ar", acrescentou.
Smirnov ressaltou que, "inclusive em caso de uma despressurização súbita, os pilotos poderiam colocar as máscaras de oxigênio e os passageiros também".
O Airbus voava descontrolado antes de cair no Sinai, afirmou o vice-diretor técnico, Andrei Averianov, na mesma entrevista coletiva.
Averinov disse que, de acordo com a informação do sistema de acompanhamento, "o avião reduziu a velocidade mais de 300 km /h em menos de um minuto e simultaneamente perdeu 1,5 quilômetros de altitude".
O Airbus A-321, que fazia a rota Sharm el-Sheikh-São Petersburgo, caiu meia hora após decolar, causando a morte de seus 224 ocupantes.