Boko Haram ataca duas cidades e mata 50 no norte da Nigéria

Centenas de insurgentes armados em motocicletas e veículos atacaram os residentes e queimaram casas, lojas e postos de segurança

25 nov 2014 - 10h33
<p>Ataques aconteceram no começo da manhã nas localidades de Damasak e Ashigarchi</p>
Ataques aconteceram no começo da manhã nas localidades de Damasak e Ashigarchi
Foto: Getty Images

Um grupo de homens armados do grupo terrorista Boko Haram atacou nesta terça-feira duas cidades do estado de Borno, no norte da Nigéria, e mataram, pelo menos, 50 moradores, informaram à Agência Efe várias testemunhas.

Os ataques aconteceram no começo da manhã nas localidades de Damasak e Ashigarchi, muito próximas à fronteira com o Níger, uma das zonas mais castigadas pela violência da milícia radical islamita.

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Conforme informaram algumas testemunhas, 50 pessoas morreram em Damasak, mas os detalhes do ataque em Ashigarchi ainda são desconhecidos. Em Damasak, centenas de insurgentes armados em motocicletas e veículos atacaram os residentes e queimaram casas, lojas e postos de segurança.

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"Acho que nossa cidade é a mais afetada, porque está muito povoada. (Os insurgentes) entraram e começaram a disparar contra qualquer pessoa ou coisa que vejam. Havia gente morrendo por todas as partes. Foi horrível", relatou à Efe por telefone Dauda Saidu, moradora de Damasak.

Outro residente da mesma cidade, Sulaiman Sule, contou que os insurgentes disparavam e gritavam "Allahu Akbar" (Deus é grande) sem parar. Ele afirmou que os militares enviados para a cidade fugiram da região e que alguns deles, inclusive, tiraram o uniforme para poder passar despercebido entre a população que fugia. O exército não se pronunciou sobre estes dois ataques.

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Os estados nortistas de Borno, Yobe e Adamawa, as zonas mais castigadas pelo Boko Haram, viviam em estado de emergência até a semana passada, quando o parlamento nigeriano decidiu não prolongar esta medida que nos últimos 18 meses não conseguiu conter a violência da milícia.

Boko Haram, cujo nome significa em línguas locais "a educação não islâmica é pecado", mantém uma sangrenta campanha para instaurar um Estado Islâmico que causou mais de três mil mortes neste ano, conforme dados do governo nigeriano.

Foto: Arte Terra

  
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