Capturado e morto há mais de dois anos, o ditador líbio Muammar Kadafi continua assombrando parte da população - e agora alguns segredos mantidos ao longo das quatro décadas de seu governo estão sendo revelados. Um documentário produzido pela BBC mostra que, entre as vítimas de Kadafi, há mais do que mortos e feridos: existem vítimas de abuso sexual, espancamento e escravidão. As agressões teriam sido mantidas em uma "câmara sexual" feita especialmente para essa prática em Trípoli. Para lá, eram levados meninos e meninas, centenas - talvez milhares de jovens -, muitos ainda adolescentes. As informações são do Daily Mail.
Muitas dessas vítimas eram virgens, sequestradas das escolas e universidades e mantidas prisioneiras durante anos para satisfazer o ditador. O aposento sexual, escondido dentro de um dos palácios de Kadafi, servia como refúgio para ele abusar de garotos e garotas, alguns de apenas 14 anos. O interior dessa "masmorra" é pequeno, em comparação com as demais propriedades do falecido líder, mas mantido livre para a realização dos desejos dele. Os jovens eram levados até o líder por seguranças, que comandavam ainda a aplicação de testes para verificar a existência de alguma doença sexualmente transmissível.
As vítimas eram obrigadas a assistir pornografia para serem "educadas" em preparação ao tratamento que seria recebido. Há relatos de algumas que conseguiram escapar, porém essas passavam a ser rejeitadas pelas famílias - que, muito religiosas, acreditavam que sua honra ficaria manchada se as aceitassem de volta ao lar. Outras vítimas, porém, tinham destino diferente, segundo o documentário: alguns jovens, depois de abusados, eram despejados em depósitos ou lixões e deixados para morrer.