Egito condena oito jovens por participação em casamento gay

Os jovens foram condenados a três anos de prisão, pena máxima prevista no caso

1 nov 2014 - 12h11
Oito egípcios foram presos no Cairo por aparecerem em um vídeo de um casamento gay, sob acusação de "publicação de imagens indecentes"
Oito egípcios foram presos no Cairo por aparecerem em um vídeo de um casamento gay, sob acusação de "publicação de imagens indecentes"
Foto: AFP

Um tribunal do Cairo condenou neste sábado a três anos de prisão oito jovens acusados de aparecer em um vídeo de um "casamento gay", que se tornou viral na internet.

Os oito egípcios eram processados por "incitação à libertinagem" e "publicação de imagens indecentes", mas o tribunal só manteve a segunda acusação, informou à AFP a advogada de defesa Nesrin Nabil.

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Os oito jovens, que escondiam os rostos com jornais ao entrar no tribunal, foram condenados à pena máxima no caso. Também deverão passar por um controle judicial por três anos após o cumprimento da pena.

A defesa vai recorrer contra a sentença, informou Nabil.

O vídeo, compartilhado por milhares de pessoas no Facebook, Twitter e YouTube, mostra um casal homossexual comemorando o casamento em um barco no rio Nilo ao lado de amigos. As imagens mostram o momento da troca de alianças, quando os presentes cantam em homenagem ao casal.

A legislação egípcia não proíbe formalmente a homossexualidade, mas várias pessoas foram condenadas nos últimos anos por libertinagem, acusadas de participação em festas gays.

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No Egito a homossexualidade é considerada uma perversão tanto pelo islão como pela igreja copta.

Em 2013, uma pesquisa realizada pelo centro de estudos americano Pew revelou que apenas 3% dos egípcios consideravam que "a sociedade deve aceitar a homossexualidade".

Três egípcios foram condenados em abril a oito anos de prisão pela organização, segundo as autoridades, de "uma festa pervertida" e pela prática de "libertinagem".

Em 2001, 52 pessoas foram detidos em um barco discoteca no Cairo por participação em uma festa com a presença de homossexuais. Vinte e três foram condenadas a penas de um a cinco anos de prisão.

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