Egito condena seis supostos homossexuais a 2 anos de prisão

Os homens foram detidos durante uma batida em um apartamento que era promovido como local de atividade sexual no Facebook

25 set 2014 - 20h18

Um tribunal egípcio condenou nesta quinta-feira seis homens, supostamente homossexuais, a dois anos de prisão com trabalhos forçados, acusados de "cometer libertinagem", informou o site do jornal Al-Ahram, que citou uma fonte judicial.

O tribunal também impôs uma multa de 200 libras egípcias (cerca de US$ 30) a cada um dos condenados, que foram detidos durante uma batida em um apartamento, acrescentou o jornal. Segundo as autoridades, os homens foram surpreendidos "no ato".

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O tribunal disse que os condenados, entre os quais há um marroquino, promoviam seu apartamento como um lugar para a atividade sexual através da rede social Facebook e que cobravam US$ 200 por cada noite, aponta a publicação.

Em 6 de setembro, foram detidos sete egípcios acusados de cometer atos contrários à moral pública, uma acusação que esconde a suposta condição de homossexuais.

Estas detenções, que ocorreram após a publicação na internet de um vídeo intitulado "O primeiro casamento gay do Egito", foram denunciados pela organização Human Rights Watch (HRW).

O citado vídeo - divulgado nas redes sociais - foi gravado em um barco no rio Nilo por um grupo de jovens que participaram de um casamento entre dois homens.

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Em abril, um tribunal egípcio condenou quatro homens a penas de entre três e oito anos de prisão por manter relações homossexuais, o que a corte considerou uma "conduta desviada e imoral".

A lei egípcia não persegue explicitamente o homossexualismo, mas "a libertinagem", por isso que os processados sempre afrontam acusações de práticas imorais.

Um dos casos mais polêmicos foi a detenção em 2001 de 52 pessoas no barco "Queen" no Cairo, frequentado então por homossexuais. No julgamento posterior, 21 dos processados foram condenados a três anos de prisão e trabalhos forçados.

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