Pelo menos cinco pessoas foram mortas em confrontos no Cairo nesta sexta-feira em meio a protestos do movimento islâmico Irmandade Muçulmana, dias depois de centenas de seus seguidores terem sido sentenciados à morte, disseram fontes oficiais.
O jornal Al Dustour informou em seu site que a jornalista Mayada Ashraf, membro de sua equipe, morreu cobrindo os confrontos, que, segundo fontes do setor de segurança, envolveram partidários da Irmandade, forças de segurança e moradores da área.
Outro website postou imagens de vídeo de uma mulher aparentemente inconsciente e com o rosto manchado de sangue sendo carregada rua abaixo, e a identificou como sendo a jornalista morta. A autenticidade do vídeo não pôde ser verificada de forma independente.
Fontes do setor de segurança disseram que foram ouvidos tiros durante os confrontos.
O Ministério do Interior informou em comunicado que cinco pessoas foram mortas nos confrontos no Cairo, culpando atiradores da Irmandade pelas mortes. Um funcionário do Ministério da Saúde, que não quis ser identificado, disse que pelo menos um tinha morrido de munição real.
O Partido Justiça e Liberdade, ligado à Irmandade, publicou um comunicado em sua página do Facebook culpando as forças de segurança pela morte da jornalista.
Centenas de seguidores da Irmandade saíram às ruas em protesto em várias partes do Egito nesta sexta-feira, em algumas ocasiões lançando projéteis contra a polícia, que disparou gás lacrimogêneo.