Duzentos integrantes do grupo jihadista mais ativo no Egito, Ansar Beit al-Maqdess, serão julgados por "terrorismo", incluindo atentados mortais contra as forças de segurança, indicaram fontes judiciais.
Dos 200 acusados deste primeiro julgamento em massa de jihadistas, para o qual ainda não foi definida nenhuma data, 102 estão atualmente sob custódia, segundo as fontes.
Eles vão responder "por pertencer a uma organização terrorista, atos criminosos e terroristas contra a sede da polícia no Cairo, no Delta do Nilo e no Sinai, e pela morte de pelo menos três oficiais superiores, incluindo um general da polícia", de acordo com a mesma fonte.
No total, os acusados vão responder pela morte de 40 policiais e 15 civis.
Desde a destituição, em julho de 2013, do presidente islamita Mohamed Mursi, eleito um ano antes, o Ansar Beit al-Maqdess, que diz se inspirar na Al-Qaeda, multiplicou seus ataques contra as forças de segurança.
Segundo fontes judiciais, o inquérito revelou que Mursi manteve contato com líderes do grupo durante a sua presidência. Desde sua destituição, as autoridades acusam sua Irmandade Muçulmana de estar por trás dos ataques realizados pelo Ansar Beit al-Maqdess, o que o influente movimento islâmico político sempre negou.
Os 200 homens também foram acusados de "espionagem" em favor do Hamas palestino, no poder em Gaza. O Hamas, aliado do Egito sob a presidência de Mursi, está agora proibido no país.