Egito julgará 200 membros de grupo extremista islâmico

Os homens responderão por terem executado atos criminosos contra uma sede da polícia, matado oficiais superiores e pertencerem a uma organização terrorista

10 mai 2014 - 14h29
(atualizado às 14h30)
<p>Um inquérito revelou que o ex-presidente Mohamed Mursi tinha contato com líderes do grupo terrorista enquando estava no poder</p>
Um inquérito revelou que o ex-presidente Mohamed Mursi tinha contato com líderes do grupo terrorista enquando estava no poder
Foto: AP

Duzentos integrantes do grupo jihadista mais ativo no Egito, Ansar Beit al-Maqdess, serão julgados por "terrorismo", incluindo atentados mortais contra as forças de segurança, indicaram fontes judiciais.

Dos 200 acusados deste primeiro julgamento em massa de jihadistas, para o qual ainda não foi definida nenhuma data, 102 estão atualmente sob custódia, segundo as fontes.

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Eles vão responder "por pertencer a uma organização terrorista, atos criminosos e terroristas contra a sede da polícia no Cairo, no Delta do Nilo e no Sinai, e pela morte de pelo menos três oficiais superiores, incluindo um general da polícia", de acordo com a mesma fonte.

No total, os acusados vão responder pela morte de 40 policiais e 15 civis.

Desde a destituição, em julho de 2013, do presidente islamita Mohamed Mursi, eleito um ano antes, o Ansar Beit al-Maqdess, que diz se inspirar na Al-Qaeda, multiplicou seus ataques contra as forças de segurança.

Segundo fontes judiciais, o inquérito revelou que Mursi manteve contato com líderes do grupo durante a sua presidência. Desde sua destituição, as autoridades acusam sua Irmandade Muçulmana de estar por trás dos ataques realizados pelo Ansar Beit al-Maqdess, o que o influente movimento islâmico político sempre negou.

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Os 200 homens também foram acusados de "espionagem" em favor do Hamas palestino, no poder em Gaza. O Hamas, aliado do Egito sob a presidência de Mursi, está agora proibido no país.

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