Um tribunal egípcio condenou à morte neste sábado dois partidários do ex-presidente Mohamed Mursi, por assassinatos durante os atos de violência que tomaram a cidade de Alexandria no ano passado, depois que o Exército depôs o chefe de Estado islâmico.
Os dois homens estavam sendo julgados por crimes que incluíam atirar jovens do topo de um edifício na cidade do Mar Mediterrâneo. O juiz decidiu que os dois homens devem ser submetidos ao mufti, maior autoridade religiosa da nação, para a qual as decisões sobre sentenças de morte são enviadas.
Em um outro caso, um tribunal egípcio da província de Minya, no sul do país, sentenciou 529 partidários da Irmandade Muçulmana à morte, causando grandes críticas por parte de governos ocidentais e grupos de defesa dos direitos humanos.
Protestos
Após seguidores da Irmandade Muçulmana terem sido setenciados à morte, pelo menos cinco pessoas foram mortas em confrontos no Cairo na sexta-feira, 28, em meio a protestos do movimento islâmico. Entre os mortos está a jornalista Mayada Ashraf, do jornal Al Dustour, que estava cobrindo os protestos. Segundo fontes do setor de segurança, os confrontos envolveram partidários da Irmandade Muçulmana, forças de segurança e moradores da área.