Egito: líder de protestos é condenado a 15 anos de prisão

Ativista, que foi um dos símbolos dos levantes de 2011 contra o presidente Hosni Mubarak, foi proibido de entrar no tribunal para assistir ao próprio julgamento esta manhã

11 jun 2014 - 09h44
(atualizado às 09h45)
<p>Egípcio Alaa Abdel Fatah, ativista pró-democracia, em frente à academia de polícia e prisão de Tora, no Cairo, depois de ter sido negado a entrar para assistir ao seu julgamento, nesta quarta-feira, 11 de junho</p>
Egípcio Alaa Abdel Fatah, ativista pró-democracia, em frente à academia de polícia e prisão de Tora, no Cairo, depois de ter sido negado a entrar para assistir ao seu julgamento, nesta quarta-feira, 11 de junho
Foto: AFP

Um tribunal egípcio sentenciou, nesta quarta-feira, o proeminente ativista Alaa Abdel Fattah a 15 anos de prisão, por violar uma lei de protestos e outras acusações, disse o advogado dele.

A decisão deve provocar indignação entre grupos de defesa dos direitos humanos, os quais vêm pedindo mai liberdade no país.

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Abdel Fattah, 33 anos, se tornou um símbolo dos levantes de 2011 contra o presidente Hosni Mubarak, destacando-se como um dos líderes dos protestos e por sua atividade na mídia social. Outras 24 pessoas também foram sentenciadas a 15 anos de prisão por acusações semelhantes.

A sentença foi divulgada três dias depois de o ex-chefe do Exército Abdel Fattah al-Sisi ter tomado posse como presidente, praticamente um ano após ter derrubar o primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana.

Desde a queda de Mursi, forças de segurança mataram centenas de apoiadores da Irmandade Muçulmana e prenderam outros milhares.

Elas também cercaram ativistas seculares como Abdel Fattah, alimentando preocupações de que as autoridades estão voltando aos tempos de Mubarak, quando qualquer forma de dissidência era arriscada.

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