Egito rejeita apelação de candidato derrotado nas eleições

Candidato da esquerda chamou de "um insulto à inteligência dos egípcios" o comparecimento de 40% dos eleitores; os resultados oficiais devem ser anunciados esta semana

1 jun 2014 - 16h45
(atualizado às 16h47)
<p>O candidato da esquerda, Hamdeen Sabahi, deposita seu voto na capital, Cairo, em 26 de maio</p>
O candidato da esquerda, Hamdeen Sabahi, deposita seu voto na capital, Cairo, em 26 de maio
Foto: Reuters

O comitê eleitoral do Egito rejeitou neste domingo a apelação de um candidato à presidência derrotado contra os resultados das eleições que levaram o ex-chefe do exército Abdel Fattah al-Sisi à vitória, disseram fontes judiciais.

O político de esquerda Hamdeen Sabahi teve apenas 3 por cento dos votos nas eleições da semana passada, de acordo com resultados iniciais que mostraram Sisi na liderança com 93 por cento dos votos. Resultados oficiais devem ser anunciados esta semana.

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A eleição ocorreu dez meses depois de o exército derrubar o presidente islamita eleito Mohamed Mursi em julho como reação a protestos contra seu governo.

O governo militar desde então vem perseguido fortemente os apoiadores de Mursi, matando centenas e prendendo milhares deles.

Na quinta-feira, 29, Sabahi admitiu sua derrota, mas disse que o comparecimento de 40 por cento dos eleitores era muito alto e "um insulto à inteligência dos egípcios". Apesar disso, disse que aceitará o resultado final do pleito.

A campanha de Sabahi enviou uma reclamação ao comitê eleitoral na sexta-feira, citando o que seria "a existência de campanhas dentro dos colégios eleitorais" por apoiadores de Sisi, entre outros abusos.

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Também pediu que o comiê anulasse todos os votos do terceiro dia de votação, que foi introduzido no último minuto do segundo dia de eleição na terça-feira em uma iniciativa surpresa para impulsionar o comparecimento às urnas.

Sabahi ficou em terceiro nas eleições de 2012, vencidas por Mursi, primeiro presidente eleito do Egito que chegou ao poder após manifestações em 2011 que acabaram com o governo autocrático de 30 anos de Hosni Mubarak.

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