Pelo menos 13 pessoas morreram nesta segunda-feira em uma explosão em uma escola da região nordeste da Nigéria.
"Até o momento, levamos 13 corpos para o hospital e mais de 30 pessoas ficaram feridas, em diversos níveis de gravidade", afirmou à AFP um integrante da equipe de resgate.
A explosão aconteceu na cidade de Potiskum, no estado de Yobe, um dos três nigerianos nos quais permanece em vigor o estado de emergência decretado pelo Governo do país devido à violência do grupo terrorista Boko Haram.
A bomba explodiu por volta das 8h locais (5h de Brasília), quando os estudantes estavam reunidos em uma reunião que costuma ser realizada antes do início das aulas.
Embora ainda não tenha sido divulgado um número oficial de vítimas fatais, muitos estudantes foram levados para hospitais, por isso teme-se que o número de mortos e feridos seja elevado.
"Há muitos corpos de estudantes no solo envoltos em sangue", relatou uma testemunha ao jornal nigeriano Premium Times. O diário Daily Truste afirmou que o número de mortos pode chegar a 30. Outras fontes citam mais de 40 mortos.
"Uma explosão foi provocada por um homem-bomba", afirmou o porta-voz da polícia nacional, Emmanuel Ojukwu, ao comentar o ataque contra a escola do ensino secundário de Potiskum, no estado de Yobe.
"Temos 47 mortos e 79 feridos", completou, antes de destacar as suspeitas a respeito do Boko Haram.
Um porta-voz da polícia do estado de Yobe, Nansak Chegwam, citado pelo Premium Times, confirmou o incidente, mas não deu mais detalhes e disse que os militares estão investigando o ocorrido.
Há uma semana, dezenas de pessoas morreram em Potiskum, capital comercial do estado de Yobe, quando um homem com explosivos no corpo ateou fogo em si mesmo durante uma cerimônia xiita.
Embora nenhum grupo tenha reivindicado a autoria do atentado, suspeita-se que a ação tenha sido obra do Boko Haram, que mantém uma sangrenta campanha, especialmente no norte do país, para instaurar um estado islâmico na Nigéria.
O Boko Haram, cujo nome significa em línguas locais "a educação não islâmica é pecado", matou mais de três mil pessoas neste ano, segundo dados do governo nigeriano.
Com informações da AFP e EFE.
