A França enviou uma equipe militar para proteger o local onde foram encontrados os destroços do avião da Air Algeria que caiu no Mali nessa quinta-feira, com 116 pessoas a bordo. Em mensagem postada online, o presidente francês, François Hollande, disse que os destroços foram claramente identificados, apesar do estado do avião.
A aeronave, um MD-83 de propriedade da companhia espanhola Swiftair e operado pela argelina Air Algeria, perdeu contato com as autoridades 50 minutos após a decolagem, à 1h17 local (21h17 em Brasília), quando sobrevoava a cidade de Gao, no Mali. O voo AH5017 fazia o trajeto entre Burkina Faso e Argélia.
Os destroços do avião foram localizados no Mali perto da fronteira com Burkina Faso, a cerca de 80 quilômetros ao sudeste da cidade malinesa de Gossi, segundo já havia confirmado o chefe do Estado-Maior da presidência burquinense, general Gilbert Diendere.
"Nós acreditamos que o avião tenha caído por conta das condições meteorológicas, mas nenhuma hipótese pode ser descartada enquanto não tivermos os resultados de uma investigação", afirmou o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, à rádio RTL.
"Grupos terroristas estão na região... nós sabemos que esses grupos são hostis aos interesses ocidentais", acrescentou o francês. O Ministro dos Transportes de Burkina Faso, Jean Bertin Ouedraogo, disse ontem que os pilotos chegaram a enviar uma mensagem para o controle aéreo do Níger para pedir uma mudança de rota por conta de uma forte chuva.
Soldados franceses estão no Mali desde janeiro do ano passado, quando foram enviados para combater extremistas ligados à rede Al-Qaeda no norte do país africano, juntamente com uma missão de paz da ONU.
Entre os 110 passageiros no voo AH5017, se encontravam 51 franceses, 27 burquineses, 8 libaneses, 6 argelinos, 5 canadenses, 4 alemães, 2 luxemburgueses, além de um cidadão da Suíça, Bélgica, Egito, Ucrânia, Nigéria, Camarões e do Mali. Os seis tripulantes da aeronave eram espanhóis.
Com informações das agências AP e EFE