Jihadistas anunciam decapitação de refém francês na Argélia

Vídeo mostra o refém, de joelhos, com as mãos atadas atrás das costas, cercado por quatro homens armados e com os rostos cobertos

24 set 2014 - 13h17
<p>Grupo já havia ameaçado na última segunda-feira matar Hervé Gourdel (foto), um guia de montanha de 55 anos, caso a França continuasse com seus ataques aéreos no Iraque</p>
Grupo já havia ameaçado na última segunda-feira matar Hervé Gourdel (foto), um guia de montanha de 55 anos, caso a França continuasse com seus ataques aéreos no Iraque
Foto: AFP

O grupo ligado ao Estado Islâmico (EI) que sequestrou no domingo um francês na Argélia divulgou nesta quarta-feira um vídeo intitulado "Mensagem de sangue ao governo francês", mostrando a sua decapitação.

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Este grupo, Jund al-Khilafa, havia ameaçado na segunda-feira matar Hervé Gourdel, um guia de montanha de 55 anos, caso a França continuasse com seus ataques aéreos no Iraque, um ultimato rejeitado na terça-feira pelo presidente François Hollande.

O vídeo, postado em sites jihadistas, começa com imagens de Hollande na coletiva de imprensa durante a qual anunciou a participação da França nos ataques contra o EI no Iraque.

Em seguida, mostra o refém, de joelhos e com as mãos atadas atrás das costas, cercado por quatro homens armados e com os rostos cobertos.

Um dos homens lê uma mensagem em que denuncia a intervenção dos "cruzados criminosos franceses" contra os muçulmanos na Argélia, no Mali e no Iraque.

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A Argélia mobilizou nos últimos dois dias cerca de 1.500 soldados na Cabília (nordeste) para tentar encontrar Herve Gourdel.

Este montanhista foi sequestrado em Tizi N'kouilal, numa encruzilhada no coração do parque nacional Djurdjuran, antigamente muito frequentado por turistas mas que se tornou santuário de grupos islâmicos armados a partir da década de 90.

A encenação de sua decapitação se assemelha ao assassinato dos dois jornalistas americanos sequestrados na Síria, James Foley e Steven Sotloff, e do ativista humanitário britânico David Haines por membros do EI nas últimas semanas.

Desvendando o Estado Islâmico

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