O sistema médico da Libéria está à beira do colapso devido o surto do ebola, e pacientes contaminados estão sendo barrados em hospitais sem leitos disponíveis.
Em um centro médico, pessoas infectadas, sem forças nem para ficar de pé, deitam no chão diante do portão à espera de atendimento, numa cena que se repete pelo país.
A Libéria é o país mais atingido pelo surto do ebola que já matou mais de 2,2 mil pessoas na África Ocidental. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que milhares de outros casos poderão ser registrados no país.
O ministro da Defesa, Brownie Samukai, disse que o vírus "se espalha como fogo" e que o sistema de saúde está sobrecarregado.
"A Libéria está enfrentando uma ameaça séria à sua existência nacional. O mortal vírus do ebola tem prejudicado o funcionamento normal do nosso Estado", disse ele ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo ele, o ebola está "devorando tudo o que está em seu caminho" na Libéria, e o país não possui infraestrutura, capacidade logística, conhecimento profissional ou recursos ficanceiros para atacar a doença.
A OMS disse que, ao contrário de outros países afetados pelo surto, as medidas para conter o vírus na Libéria não estão tendo o efeito esperado. Os motivos são incertos, mas especialistas dizem que podem incluir as práticas de enterro, que incluem tocar o corpo e realizar uma refeição perto dele.
Com a falta de leitos nos hospitais - especialmente na capital, Monróvia -, muitos pacientes estão voltando para casa, o que também poderia estar contribuindo para a disseminação do vírus.