Milhares de congoleses fogem para Uganda após ataque rebelde

13 jul 2013 - 13h40
(atualizado às 15h04)

Um ataque rebelde em um vilarejo no leste da RDC (República Democrática do Congo) fez uma multidão de mais de 30 mil refugiados começar a cruzar a fronteira com a Uganda desde a última quarta-feira.

Segundo as agências de refugiados da ONU, passa de 30 mil o número de congoleses que cruzaram a fronteira fugindo da violência desde o ataque. Porém, fontes das Nações Unidas disseram à BBC Brasil que até a tarde deste sábado o número pode variar entre 30 e 70 mil pessoas.

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Organizações humanitárias estariam apenas na fase inicial de distribuição de abrigo e alimento. As pessoas estão cruzando as fronteiras apenas com os pertences que conseguem carregar nas mãos.

O grupo rebelde Forças Democráticas Aliadas é contrário ao governo de Uganda e se estabeleceu em território do leste congolês para operar. Na quarta-feira, a milícia atacou a população civil em Kamango, na região de Beni, no Congo.

Segundo rádios congolesas, eles teriam assassinado um líder local em frente a uma multidão - o que teria provocado pânico generalizado. Contudo, essas informações não foram confirmadas por fontes oficiais.

ONU

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O governo congolês tem mais tropas que as Nações Unidas na região. As forças de segurança entraram em confronto com os rebeldes e retomaram a cidade logo após o ataque.

Kamango fica na província do Kivu Norte, uma das regiões mais conturbadas da RDC. Cerca de 50 grupos rebeldes de diversos tamanhos operam na região.

A maioria das tropas Nações Unidas ficam no sul dessa província, estacionadas na região da cidade de Goma, onde se concentram as atividades rebeldes. A possibilidade de deslocar reforços para o norte está sendo estudada.

Neste sábado, o general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz, comandante militar da ONU no país, deslocou um comboio de blindados e veículos leves entre Goma e Katala, a 40 quilômetros ao norte - no coração do território dominado pelo grupo rebelde M23, um dos maiores da região.

A coluna foi acompanhada por helicópteros de ataque das Nações Unidas. Não houve confronto.

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