Militantes islâmicos mataram pelo menos 11 soldados argelinos em uma emboscada durante patrulha nas montanhas a leste da capital, Argel, disse uma fonte de segurança neste domingo.
Este foi um dos mais mortais ataques contra os militares em anos.
As tropas estavam em busca de militantes na região de Tizi Ouzou, 120 quilômetros a leste de Argel, quando foram atacadas por combatentes do braço norte-africano a Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), disse a fonte à Reuters.
Outros 11 soldados ficaram feridos, disse a fonte.
O ataque ocorreu apenas dias depois de o presidente Abdelaziz Bouteflika, de 77 anos, ser reeleito para um quarto mandato após uma campanha que retratou o líder como uma pessoa importante para manter a segurança no país petroleiro.
Desde o fim da guerra de 1990 com militantes islâmicos armados, os ataques são mais raros na Argélia. Mas as autoridades argelinas estão preocupadas com as repercussões da turbulência na vizinha Líbia, onde combatentes ligados à Al Qaeda buscaram refúgio nos remotos desertos do sul.
A AQMI está baseada principalmente no sul da Argélia, mas ao longo dos últimos meses o Exército matou vários militantes nas montanhas do nordeste, e fontes de segurança dizem que alguns foram encontrados com armas destinadas à Líbia.
Em janeiro do ano passado, militantes invadiram a usina de gás da argelina Amenas perto da fronteira com a Líbia, matando 40 petroleiros, a maioria deles estrangeiros, em um ataque que levou a BP e a Statoil, da Noruega, a retirar seus funcionários da área.