O governo sudanês e os rebeldes disseram que não chegaram a um acordo sobre um cessar-fogo depois que três semanas de negociações para pôr fim a três anos de conflito acabaram nesta terça-feira em meio a um aumento na violência.
Cartum tem lutado contra uma insurgência nas províncias sulistas Nilo Azul e Kordofan do Sul desde 2011 organizada principalmente por ex-combatentes da guerra civil que ficaram no Sudão depois que o Sudão do Sul se separou naquele ano.
As negociações fracassaram em grande parte porque os rebeldes insistem que um cessar-fogo nas duas regiões seja negociado em conjunto no vizinho Darfur, onde um conflito em que o governo foi acusado de genocídio uma década atrás se intensificou.
"Nós vemos estas questões como temas separados, e cada região tem suas necessidades específicas", disse Hussein Karshoum, um membro da delegação do governo.
Ele disse que as negociações, que ocorreram na capital da Etiópia com apoio de um painel da União Africana liderado pelo ex-presidente sul-africano Thabo Mbeki, devem ser retomadas em janeiro.
Na segunda-feira, os dois lados relataram confrontos em Kordofan do Sul.