Atos de caridade marcam eventos pelo centenário de Mandela

Barack Obama está na África do Sul para festejar "Madiba"

18 jul 2018 - 13h30
(atualizado às 15h57)

A África do Sul celebra nesta quarta-feira (18) o centenário do nascimento de Nelson Mandela, presidente do país entre 1994 e 1999 e vencedor do prêmio Nobel da Paz por causa de sua luta contra o apartheid.

Os festejos são marcados pela presença de Barack Obama, primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos e que, na última terça (17), já havia feito um discurso para 14 mil pessoas sobre o legado de Mandela e criticando a política de "medo e rancor" de Donald Trump, mas sem citar seu nome.

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Público em discurso de Barack Obama sobre Nelson Mandela, em Johanesburgo
Público em discurso de Barack Obama sobre Nelson Mandela, em Johanesburgo
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Nesta quarta, ele se encontrou com 200 jovens líderes de 44 nações da África e lembrou que Mandela iniciara a luta para libertar seu país "muito novo". "O quão grandes são suas ambições?", provocou Obama.

O ex-presidente dos EUA também falou contra o corrupção e os conflitos que acontecem pelo continente, como a guerra contra o grupo jihadista Boko Haram na Nigéria. "Encontrem um caminho no qual vocês não vendam suas almas", disse.

Entre os sul-africanos, o centenário de Mandela foi celebrado com ações de caridade, como distribuição de cobertores e abertura de clínicas para necessitados. O ex-presidente da África do Sul nasceu em 18 de julho de 1918 e liderou a luta contra o regime segregacionista da minoria branca do país.

Nesta quarta-feira (18), o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, faria 100 anos
Foto: Mike Hutchings / Reuters

Após 27 anos na cadeia, ele foi libertado em 1990. Em 1994, se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul. Mandela morreu em 5 de dezembro de 2013, aos 95 anos. "Bons líderes levam em consideração o fato de que até eles podem errar e sabem quando e como pedir desculpas. Madiba tinha essa qualidade em abundância", declarou o arcebispo anglicano Desmond Tutu, também agraciado com o Nobel da Paz.

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Já o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, ressaltou que Mandela nunca foi um "prisioneiro de seu passado". 

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