Corpo de Mandela deixa Pretória para ser enterrado em seu vilarejo natal

Mandela será enterrado em uma cerimônia comandada por sua família em Qunu

14 dez 2013 - 08h12
(atualizado às 08h32)
Caixão com o corpo de Mandela é levado para avião na base aérea de Waterkloof, nos arredores de Pretória
Caixão com o corpo de Mandela é levado para avião na base aérea de Waterkloof, nos arredores de Pretória
Foto: AFP

O corpo de Nelson Mandela deixou por volta das 8h deste sábado (horário de Brasília) a base militar de Waterkloof, nos arredores de Pretória, em direção ao aeroporto de Mthatha, de onde partirá para Qunu - vilarejo em que nasceu -, onde será enterrado no domingo. O avião militar, escoltado por dois caças, deve chegar em duas horas ao destino.

O primeiro presidente negro da África do Sul será sepultado no domingo. O funeral começará às 8h (4h de Brasília), com uma cerimônia de duas horas.

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Antes de decolagem, o Congresso Nacional Africano (CNA), partido governista e ao qual Mandela pertenceu, realizou na base aérea uma cerimônia solene para se despedir de seu antigo líder. Durante a homagenagem, o presidente sul-africano, Jacob Zuma, definiu Mandela como "um homem de ação". "Muitas coisas foram ditas sobre Madiba, porque ele fez muitas coisas. Ele se distinguiu muitas vezes, de muitas maneiras", disse o chefe de Estado.

Zuma declarou que Mandela "misturou duas coisas que não são fáceis de serem combinadas: a teoria e a prática. E o fez em muitas ocasiões", mas acima de tudo, destacou, Madiba foi "um homem de ação".

Durante a cerimônia, o presidente se sentou na primeira fila, ao lado da viúva de Mandela, a moçambicana Graça Machel, e da ex-mulher do herói sul-africano, Winnie Madikizela-Mandela. O ex-presidente sul-africano, Thabo Mbeki, e o vice-presidente do CNA, Cyril Ramaphosa, assim como ministros e outros membros do alto escalão do partido governante estavam presentes na base militar para se despedir de Mandela.

Os membros do CNA, muitos vestidos com as cores do partido, cantaram e dançaram no hangar antes da cerimônia de entrega do caixão. O poema favorito de Mandela, "Invictus", foi impresso no programa da cerimônia. A base se encheu de flores para a ocasião e um enorme paraquedas cobria o teto do espaço onde aconteceu a cerimônia.

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Mandela morre aos 95 anos

Nelson Mandela morreu

na noite de 5 de dezembro. Há meses ele combatia uma infecção pulmonar. Logo após o presidente sul-africano, Jacob Zuma, anunciar oficialmente o falecimento,

líderes mundiais

prestaram homenagem ao principal líder da luta contra o apartheid na África do Sul. A presidente

Dilma Rousseff

lembrou Mandela como a principal personalidade do século XX. O americano

Barack Obama

disse que Mandela "conseguiu mais do que se poderia esperar de qualquer homem".

No dia seguinte, jornais de todo o mundo repercutiram a notícia da morte em suas páginas. Milhares de sul-africanos se reuniram em frente a suas residências, ou em lugares que ele morou, para homenagearem o heroi nacional. No início da tarde, o presidente Zuma confirmou que a programação do funeral de Mandela durará 10 dias. Ele será enterrado em seu vilarejo natal, Qunu, no dia 15 de dezembro. 

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