Cerca de 5 mil pessoas, entre elas 20 líderes internacionais como o príncipe Charles, participam do funeral de Nelson Mandela em Qunu. O corpo do ex-presidente sul-africano será enterrado neste domingo em seu povoado natal, no sudeste da África do Sul. O cortejo fúnebre, que saiu do aeroporto de Mthatha, chegou a Qunu escoltado por um numeroso comboio das forças de segurança e foi saudado por milhares de habitantes durante seu trajeto.
A dança e os cânticos de agradecimento a Mandela pararam de repente para se transformar em gritos quando o caixão, escoltado por soldados da Polícia Militar, tanques do Exército e dois helicópteros, passou na frente de quem esperava seu herói na entrada de Qunu.
A caminhonete preta que levava o caixão de Mandela envolvido na bandeira sul-africana se dirigiu depois com todo o séquito para a casa do ex-presidente na cidade. Moradores de Qunu e dos povoados próximos, assim como visitantes vindos de todos os pontos da África do Sul, agitaram bandeiras do país e do governante Congresso Nacional Africano (CNA) que foi liderado por Mandela.
Pouco antes de sua última viagem a Qunu, o falecido ex-presidente recebeu uma homenagem em Johanesburgo por parte do CNA na base aérea militar de Waterkloof, em Pretória, horas antes de fazer o voo outra vez ao lar de sua infância.
Mandela liderava o CNA quando em maio de 1994 jurou o cargo como primeiro presidente negro do país após as primeiras eleições livres da África do Sul. Nelson Mandela morreu no dia 5 de dezembro aos 95 anos rodeado de sua família em sua casa de Johanesburgo, após uma longa convalescença por problemas respiratórios.