"Mandela foi um gigante da justiça", diz Ban Ki-moon em Johanesburgo

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, visitou a Fundação Mandela em Johanesburgo

9 dez 2013 - 14h41
(atualizado às 14h43)
Ban Ki-moon visita o Centro de Memória Nelson Mandela, em Johanesburgo, nesta segunda-feira
Ban Ki-moon visita o Centro de Memória Nelson Mandela, em Johanesburgo, nesta segunda-feira
Foto: Reuters

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, definiu nesta segunda-feira o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela como um "gigante da justiça", que conseguiu derrotar o regime racista do apartheid com "humildade e decência". Ban fez essa declaração na Fundação Nelson Mandela, em Johanesburgo, onde participará amanhã de uma cerimônia religiosa oficial em memória do herói sul-africano.

O secretário-geral da ONU disse lembrar da impressão que sentiu ao conhecer o estádio pessoalmente em uma visita à África do Sul em fevereiro de 2009. Ban destacou também sua "imensa humanidade" como uma de suas maiores virtudes.

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Nesta visita, Mandela disse para Ban: "Não só fui só eu. Há centenas de pessoas desconhecidas que lutaram pela mesma causa". "Suas palavras me comoveram profundamente", afirmou o principal responsável das Nações Unidas.

Ban é um dos mais de cem líderes que participarão amanhã do ato religioso que acontecerá no estádio FNB, em Soweto, onde foi disputada a final da Copa do Mundo de 2010. "Temos até agora 91 chefes de Estado e de Governo confirmados, mais outros 10 antigos chefes de Estado", anunciou hoje em sua conta do Twitter o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores sul-africano, Clayson Monyela.

Após a cerimônia religiosa, o caixão de Mandela desfilará pelas ruas de Pretória de quarta-feira a sexta-feira para que os sul-africanos possam se despedir de Madiba (como o ex-presidente é conhecido em seu país). O funeral de Estado será realizado no domingo em Qunu, onde Mandela cresceu e queria ser enterrado.

Mandela morre aos 95 anos

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Nelson Mandela morreu na noite de 5 de dezembro. Há meses ele combatia uma infecção pulmonar. Logo após o presidente sul-africano, Jacob Zuma, anunciar oficialmente o falecimento, líderes mundiais prestaram homenagem ao principal líder da luta contra o apartheid na África do Sul. A presidente Dilma Rousseff lembrou Mandela como a principal personalidade do século XX. O americano Barack Obama disse que Mandela "conseguiu mais do que se poderia esperar de qualquer homem".

No dia seguinte, jornais de todo o mundo repercutiram a notícia da morte em suas páginas. Milhares de sul-africanos se reuniram em frente a suas residências, ou em lugares que ele morou, para homenagearem o heroi nacional. No início da tarde, o presidente Zuma confirmou que a programação do funeral de Mandela durará 10 dias. Ele será enterrado em seu vilarejo natal, Qunu, no dia 15 de dezembro. 

  
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