Para carcereiro de Robben Island, além de prisioneiro, Mandela foi um "pai"

6 dez 2013 - 10h54
(atualizado às 11h00)
Christo Brand manteve uma relação de amizade com Mandela na prisão, mesmo não sendo permitido
Christo Brand manteve uma relação de amizade com Mandela na prisão, mesmo não sendo permitido
Foto: AFP

Christo Brand, um dos principais carcereiros que Nelson Mandela teve na prisão de Robben Island (Cidade do Cabo), onde o ex-presidente sul-africano passou 18 de seus 27 anos de detenção, disse nesta sexta-feira que Madiba "era meu prisioneiro, meu amigo e meu pai". "Quando foi libertado, a prisão ficou vazia para mim", declarou à agência sul-africana de notícias SAPA.

"Era como um pai para mim. Quando eu tinha um problema, me dava conselhos. Era meu prisioneiro, mas também meu pai", lembrou Brand, que manteve contato com Mandela após sua libertação.

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"Não havia nenhuma barreira de cor entre nós. Ele era um ser humano", acrescentou o carcereiro, que manteve uma relação de amizade com Mandela na prisão, mesmo não sendo permitido.

Ex-presidente e líder histórico da luta contra a segregação racial da África do Sul, Nelson Mandela morreu nesta quinta-feira, 5 de dezembro de 2013. A notícia foi transmitida à nação e ao mundo pelo presidente sul-africano, Jacob Zuma.

Mandela tinha 95 anos e há muito lutava contra doenças decorrentes do período em que permaneceu preso por conta de sua luta contra o Apartheid, regime segregacionista que imperou durante décadas no seu país. Ele passou 27 anos preso para depois se eleger presidente da África do Sul, de 1994 a 1999.

Durante o último ano, Mandela havia passado muitos meses internado em condições críticas, mas recentemente retornara para seu lar, onde permaneceu até ontem, ao lado de familiares e amigos.

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