Nigéria anuncia ter localizado estudantes sequestradas

Segundo o marechal Alex Badeh, as meninas foram localizadas a mais de um mês, mas o país tem evitado o uso de força para resgatá-las

26 mai 2014 - 18h07
<p>Milhares de pessoas protestaram contra o sequestro das mais de 200 meninas nigerianas</p>
Milhares de pessoas protestaram contra o sequestro das mais de 200 meninas nigerianas
Foto: AP

O chefe do Estado-Maior da Aeronáutica na Nigéria, marechal Alex Badeh, afirmou nesta segunda-feira que as mais de 200 estudantes sequestradas pelo grupo Boko Haram foram localizadas.

"A boa notícia para as meninas é que sabemos onde elas estão, mas não podemos revelar a vocês", anunciou à imprensa o militar de mais alta patente do país, do lado de fora do gabinete central do Ministério da Defesa, em Abuja.

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Segundo Badeh, as meninas foram localizadas a mais de um mês, mas evitaram o uso de força para resgatá-las, a fim de evitar que os fundamentalistas as matem durante uma operação para sua libertação.

Nos últimos dias, o Exército nigeriano recebeu criticas pela falta de resultados na operação de resgate das meninas, que tem o apoio internacional de diversos países, como os Estados Unidos e o Reino Unido.

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"Ninguém deve vir e dizer aos militares nigerianos que não sabemos o que estamos fazendo. Sabemos o que estamos fazendo e não podemos correr o risco de que nossas meninas sejam mortas em uma tentativa de resgate", protestou Badeh.

"Deixem-nos em paz, estamos trabalhando. Conseguiremos resgatar as meninas", acrescentou.

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As mais de 200 menores sequestradas no dia 14 de abril em uma escola de Chibok permanecem retidas pelo grupo armado, que ameaçou vendê-las se as autoridades não libertarem os membros da seita que estão detidos nas prisões do país.

O Boko Haram luta para impor um Estado islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul.

Desde que a polícia executou o então líder e fundador da seita, Mohammed Yousef, em 2009, os radicais mantêm uma campanha violenta que já causou mais de 4 mil mortes.

Foto: Arte Terra

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