Numa aparente mudança de postura, o governo da Nigéria indicou que está pronto para negociar com militantes islâmicos do grupo Boko Haram a eventual libertação de mais de 200 estudantes sequestradas no dia 14 de abril.
Na segunda-feira, o Boko Haram divulgou um vídeo que mostra 130 das vítimas recitando versos do Corão. O líder do Boko Haram, Abubakar Shekau - que havia afirmado anteriormente que poderia vender as estudantes - , disse no vídeo que as jovens sequestradas não convertidas ao Islã poderiam ser trocadas por combatentes do grupo mantidos prisioneiros pelo governo.
O ministro de assuntos especiais, Tanimu Turaki - que preside um grupo especial criado pelo presidente Goodluck Jonathan para chegar a um acordo com o Boko Haram -, disse ao programa da BBC Focus on Africa que se Shekau foi sincero, ele deveria então enviar representantes para se encontrar o comitê de reconciliação e negociar.
Ele afirmou que "o diálogo é uma opção chave" para levar a crise a um fim e que "um assunto dessa natureza pode ser resolvido sem violência".
Estado de emergência
O diretor da agência de informações do governo Mike Omeri disse na segunda-feira que as autoridades usariam "qualquer tipo de ação" para libertar as vítimas, inclusive uma operação militar, com ajuda estrangeira.
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Por sua vez, a agência de notícias da Nigéria informou que o presidente Goodluck Jonathan pediu nesta terça-feira ao Congresso que aprove a extensão por mais seis meses do estado de emergência no Estado de Borno - local onde as vítimas foram raptadas, no nordeste do país - e em dois outros Estados.
O governador de Borno, Kashim Shettima, disse que todas as jovens que aparecem no vídeo divulgado na segunda-feira foram identificadas como estudantes da Escola da cidade de Chibok que haviam sido sequestradas.
Os familiares delas disseram que a maioria delas são cristãs.
Pressão
Enquanto isso cresce a pressão internacional sobre as autoridades da Nigéria para tomar providências a fim de resgatar as vítimas.
Manifestações populares estão sendo realizadas em frente a representações nigerianas em diversos países.
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Os Estados Unidos afirmaram que estão realizando voos de vigilância sobre a Nigéria para tentar encontrar as garotas desaparecidas.
Uma equipe de 30 especialistas americanos - membros do FBI (polícia federal dos Estados Unidos) da Defesa e do Departamento de Estado - está no país para auxiliar autoridades nigerianas. Uma unidade contraterrorista israelense também estaria a caminho.
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A ex-ministra da Educação da Nigéria e a vice- presidente da divisão da África do Banco Mundial participam de marcha organizada pelas mães das adolescentes sequestradas, em Abuja, em 30 de abril
Foto: AFP
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Homem pede a libertação das estudantes sequestradass pelo Boko Haram, em Lagos, em 1º de maio
Foto: AFP
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Sul-africanos protestam contra o rapto de centenas de estudantes na Nigéria pelo grupo extremista islâmico Boko Haram, durante uma marcha ao Consulado da Nigéria em Joanesburgo, na África do Sul, em 8 de maio
Foto: AP
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Mulher participa de protesto exigindo a libertação das adolescentes sequestradas na aldeia de Chibok, em 14 de abril. No cartaz é possível ler a mensagem: "Já chega. Os sequestros precisam parar"
Foto: Reuters
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Pessoas participam de protesto exigindo a libertação de meninas sequestradas na aldeia de Chibok, em Lagos, em 5 maio
Foto: Reuters
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Manifestantes marcham em apoio às meninas sequestradas por membros do Boko Haram em frente à Embaixada da Nigéria, em Washington, em 6 de maio
Foto: Reuters
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Ativista segura um cartaz com a frase: "E se isso acontecesse nos Estados Unidos?" durante uma manifestação em frente à embaixada da Nigéria em Washington, EUA, em 6 de maio
Foto: AFP
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Foto mostra quatro alunas da escola secundária de Chibok que conseguiram fugir do grupo Boko Haram
Foto: AP
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Vídeo mostra o líder do grupo extremista islâmico Boko Haram Abubakar Shekau. Ele ameaçou vender as centenas de estudantes sequestradas no norte da Nigéria por cerca de R$ 26 cada
Foto: AFP
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Mulheres e crianças que sobreviveram a ataques do Boko Haram se abrigam em uma Igreja Católica em Wada Chakawa, na Nigéria, em 31 de janeiro de 2013
Foto: AP
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Armas, munições e equipamentos do grupo Boko Haram apreendidos pela polícia são colocados em exposição em um quartel da Nigéria, em 1º de março de 2012
Foto: AP
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Boko Haram exibe cadáveres de vítimas na cidade de Damaturu, na Nigéria, após uma série de ataques que deixaram ao menos 69 mortos, em novembro de 2011
Foto: AP
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Menina muçulmana passa por uma casa queimada após ataque dos extremistas islâmicos do Boko Haram em Maiduguri, em 28 de janeiro
Foto: AP
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Nigerianos se reúnem em torno de um carro queimado fora da Igreja Batista da Vitória em Maiduguri, em 25 de dezembro de 2010. Membros do grupo Boko Haram atacaram a igreja na véspera de Natal, matando o pastor, dois membros do coro e duas pessoas que passavam pelo local
Foto: AP
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A ativista paquistanesa Malala segura um cartaz com a mensagem: "Tragam de volta as nossas meninas". Hashtag foi usada quase duas milhões de vezes durante 1 mês após o sequestro
Foto: Facebook
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A primeira-dama americana Michelle Obama se manifestou na campanha "Bring back our girls". "Tal como milhões de pessoas em todo o planeta, meu marido (Barack Obama) e eu estamos indignados e arrasados em razão do sequestro de duzentas meninas nigerianas, retiradas de seus aposentos escolares, no meio da noite", afirmou a primeira-dama americana
Foto: Twitter
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Mulheres francesas levantam cartazes onde se lê: "Traga de volta as nossas meninas", durante uma manifestação perto da Torre Eiffel, em Paris, na terça-feira, 13 de maio
Foto: AP
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As ex-primeiras-damas francesas Carla Bruni-Sarkozy e Valerie Trierweiler se uniram a políticas e artistas durante uma manifestação perto da Torre Eiffel, em Paris, para pedir ajuda política do governo francês pela busca das meninas sequestradas na Nigéria no mês passado
Foto: AP
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A ex-primeira-dama francesa Valerie Trierweiler segura um cartaz onde se lê: "Traga de volta as nossas meninas", durante manifestação em Paris, na terça-feira, 13 de maio
Foto: AP
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As ex-primeiras-damas francesas Carla Bruni-Sarkozy (esquerda) e Valerie Trierweiler (direita) acompanhadas de políticas e artistas em Paris pedem ajuda do governo na busca das jovens sequestradas na Nigéria
Foto: AP
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As ex-primeiras-damas francesas Carla Bruni-Sarkozy (esquerda) e Valerie Trierweiler (direita) acompanhadas de políticas e artistas de seguram uma bandeira onde se lê: "Líderes, tragam de volta as nossas meninas", durante uma manifestação perto da Torre Eiffel, em Paris, nesta terça-feira, 13 de maio. As mulheres se reuniram para pedir os líderes do governo na ajuda da busca das mais de 200 estudantes que foram sequestradas por militantes do Boko Haram em uma escola secundária em Chibok, nordeste da Nigéria em abril
Foto: AP
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A ex-primeira-dama francesa Valerie Trierweiler segura um cartaz onde se lê: "Traga de volta as nossas meninas", durante manifestação em Paris, na terça-feira, 13 de maio
Foto: AP
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A ex-primeira-dama francesa, Carla Bruni-Sarkozy (centro), entre as políticas Nathalie Kosciusko-Morizet e Valerie Pécresse, durante a manifestação "Bring Back our girls", em Paris, nesta terça-feira, 13 de maio. Mulheres francesas se reuniram para pedir aos líderes do governo francês ajuda na busca das mais de 200 estudantes que foram sequestrados por militantes do Boko Haram em uma escola secundária em Chibok, nordeste da Nigéria em 14 de abril
Foto: AP
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A atriz Julie Gayet (direita) e a diretora Lisa Azuelos seguram um cartaz onde se lê "Tragam de volta as nossas meninas" no tapete vermelho no 67 º Festival de Cannes em Cannes neste sábado
Foto: Reuters
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A atriz Julie Gayet (direita) e a diretora Lisa Azuelos seguram um cartaz onde se lê "Tragam de volta as nossas meninas" no tapete vermelho no 67 º Festival de Cannes neste sábado; as meninas foram sequestradas no dia 14 de abril em uma escola da Nigéria pelo grupo Boko Haram
Foto: Reuters
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Celebridades posam ao lado da atriz Selma Hayek Pinault para a exibição de Saint-Laurent no 67º Festival Internacional de Cinema de Cannes, no sul da França, neste sábado, 17 de maio
Foto: AP
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A atriz e produtora Salma Hayek segura um cartaz no Festival de Cannes onde se lê "Tragam de volta as nossas meninas"; ela posa no tapete vermelho do evento neste sábado
Foto: Reuters
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A atriz Salma Hayek, centro, segura um cartaz com o pedido "tragam de volta as nossas meninas", uma campanha que tem sido realizada por diversas celebridades ao redor do mundo, em que pedem a libertação de cerca de 300 estudantes nigerianas sequestradas pelo grupo extremista islâmico nigeriano Boko Haram; a atriz participa do Festival Internacional de Cinema em Cannes, sul da França, neste sábado; da esquerda para a direita os diretores Paul Brizzi, Roger Allers, Joan C. Gratz e Gaetan Brizzi
Foto: AP
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