Nigéria: EUA enviam reforços para buscar sequestradas

Professores de todo o país cruzaram os braços para protestar contra o sequestro das estudantes e pedir mais segurança nas escolas

22 mai 2014 - 12h18
(atualizado às 12h19)
<p>A estudante Deborah Peter, sobrevivente do ataque do grupo Boko Haram em 2011, segura um cartaz escrito "Traga de volta as minhas irmãs"</p><p> </p>
A estudante Deborah Peter, sobrevivente do ataque do grupo Boko Haram em 2011, segura um cartaz escrito "Traga de volta as minhas irmãs" 
Foto: Reuters

Os Estados Unidos mobilizaram militares adicionais para ajudar as forças nigerianas a encontrar as adolescentes sequestradas pelo grupo islamita Boko Haram, acusado de uma nova série de ataques nesta semana.

O movimento "#BringBackOurGirls" queria organizar uma passeata até a mansão do presidente nigeriano Goodluck Jonathan em Abuja, a capital federal, para manter a pressão sobre o chefe de Estado. O presidente foi muito criticado nas últimas semanas, tanto na Nigéria quanto no exterior, por sua falta de reação neste caso.

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Quase 80 militares americanos foram enviados ao Chade para realizar "operações de inteligência, de vigilância e voos de reconhecimento sobre o norte da Nigéria e as regiões vizinhas" para localizar as jovens, anunciou na quarta-feira o presidente Barack Obama.

Estes militares estarão encarregados de ativar um avião não tripulado sem armas, que também foi enviado ao Chade, na fronteira do nordeste da Nigéria, disse um porta-voz do Pentágono, o coronel Steve Warren.

Esses meios se somam aos já presentes desde a semana passada na Nigéria, aviões-espiões e várias equipes de especialistas e assessores americanos encarregados de apoiar as forças de segurança nigerianas em suas buscas.

Reino Unido, França e recentemente Israel também enviaram especialistas para ajudar a Nigéria. A China, que teve dez cidadãos sequestrados, provavelmente pelo Boko Haram, em uma região fronteiriça com o Camarões, também ofereceu ajuda.

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Washington já realizou nos últimos dias voos de aviões teleguiados sobre zonas às quais as jovens poderiam ter sido levadas. O Pentágono não informou sua base de origem - provavelmente Niamey (Níger) - mas considera que contar com um drone no Chade permitirá fortalecer a presença sobre as regiões importantes nas buscas.

Estes reforços americanos foram enviados enquanto a Nigéria sofria nesta semana uma onda de violência atribuída ao Boko Haram, que deixou 150 mortos no total.

Professores protestam contra sequestro

Professores nigerianos entraram em greve e realizaram manifestações em todo o país nesta quinta-feira, em protesto contra o sequestro das mais de 200 estudantes e pelas mortes de quase duas centenas de professores nos últimos anos.

O presidente do Sindicato Nacional dos Professores, Micheal Alogba Olukoya, disse a repórteres que o Boko Haram matou 173 professores nos últimos cinco anos.

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Em Maiduguri, capital do Estado de Borno, no nordeste do país, onde a insurgência é mais intensa, cerca de 40 professores marcharam pelas ruas até o gabinete do governador Kashim Shettima, clamando pelo retorno das meninas e pedindo mais segurança nas escolas.

Com informações da AFP e Reuters

Foto: Arte Terra

Fonte: Terra
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