Nigéria: homens-bomba matam 35 em pontos de ônibus

Ataques inicialmente são atribuídos ao grupo Boko Haram. Eles aconteceram dois dias depois de dois outros atentados similares

26 fev 2015 - 15h54
(atualizado às 16h54)
<p>Dois dias antes, na terça-feira, outros dois atentados foram registrados no norte do País</p>
Dois dias antes, na terça-feira, outros dois atentados foram registrados no norte do País
Foto: AP

Ao menos 35 pessoas morreram nesta quinta-feira em dois atentados suicidas realizados em pontos de ônibus nas cidades de Biu e Jos, no nordeste e no centro da Nigéria.

O primeiro ataque aconteceu na estação de Tashar Gandu. Dois suicidas chegaram ao local pouco antes das 16h (12h de Brasília) e um deles acionou seus explosivos em meio a passageiros e vendedores. O segundo terrorista morreu baleado pelas forças de segurança antes de acionar os seus. Eles se passavam por comerciantes que deixavam Biu após fazer compras no mercado central. Pelo menos 18 morreram e vários ficaram feridos. 

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O outro atentado foi realizado na estação de ônibus de Jos. Duas explosões atingiram o local, fazendo 17 mortos, segundo fontes militares e testemunhas.

O balanço foi confirmado por Ali Dauda, um habitante que testemunhou o atentado, similar ao muitos outros realizados nas últimas semanas por islamitas do Boko Haram.

Um deles aconteceu em uma rodoviária; outro, em um ônibus lotado
Foto: AP

Histórico de ataques

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Jos, capital do estado de Plateau, tem sofrido repetidos ataques do Boko Haram.

Estes mais recentes acontecem dois dias depois de dois outros ataques similares. Dois homens-bomba atacaram na terça-feira uma rodoviária de Kano, a maior cidade do norte da Nigéria. Segundo um líder sindical, 34 pessoas morreram.

Quatro horas antes, em Potiskum, a capital econômica do estado de Yobe, um atentado contra um ônibus lotado na rodoviária de Tashar Dan-Borno deixou 17 mortos e 27 feridos.

Desde 2009, o grupo extremista Boko Haram é responsável por mais de 13 mil mortes. Nas últimas semanas, os militantes têm avançado rumo a países vizinhos, aumentando temores de uma crise regional.

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