Nigéria: novo ataque a universidade deixa ao menos 8 mortos

Ataque ocorreu esta manhã na Universidade de Bayero, norte do país, alvo no passado de outros ataques atribuídos à seita radical islâmica Boko Haram

23 jun 2014 - 13h20
<p>Membros do grupo # BringBackOurGirls participam de um protesto em Abuja, em 18 de junho, em prol das mais de 200 estudantes sequestradas, no nordeste da Nigéria em 14 de abril pelo grupo militante islâmico Boko Haram</p>
Membros do grupo # BringBackOurGirls participam de um protesto em Abuja, em 18 de junho, em prol das mais de 200 estudantes sequestradas, no nordeste da Nigéria em 14 de abril pelo grupo militante islâmico Boko Haram
Foto: Reuters

Pelo menos oito pessoas morreram nesta segunda-feira, após a explosão de um carro-bomba na Escola de Saúde de Kano, no norte da Nigéria, confirmaram as autoridades.

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O coordenador do Centro de Informação Nacional, Mike Omeri, informou sobre o número de vítimas, mas não soube precisar a quantidade de feridos.

O porta-voz da polícia de Kano, Magaji Moussa Majiya, citado pelo jornal local Daily Truste, confirmou o ataque, ocorrido na Universidade de Bayero, alvo no passado de ataques atribuídos à seita radical islâmica Boko Haram.

Uma testemunha confirmou que oito pessoas morreram no ataque e acrescentou que várias pessoas ficaram feridas.

Aparentemente, a explosão aconteceu por volta das 14h locais (10h de Brasília) em um estacionamento do centro acadêmico, segundo declarou um professor ao jornal "The Vanguard".

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Embora ninguém tenha assumido, por enquanto, a autoria do atentado, as suspeitas recaem sobre o Boko Haram, que no passado atacou escolas no norte do país.

A seita sequestrou em 14 de abril mais de 200 meninas de uma escola de Chibok, cidade do estado de Borno, e a maioria delas continua desaparecida.

O Boko Haram, que significa em língua local "a educação não islâmica é pecado", luta para impor um Estado islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.

O grupo terrorista assassinou 12 mil pessoas e feriu oito mil nos últimos cinco anos, segundo as autoridades nigerianas.

Desde que a polícia matou em 2009 o então líder do Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que se intensificou nos últimos meses.

Com uns 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais populoso da África, sofre múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas, religiosas e territoriais.

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Foto: Arte Terra

  
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