Nigéria: novo ataque do Boko Haram deixa centenas de mortos

Autoridades afirmaram que o balanço de mortos no ataque se aproxima de 300

7 mai 2014 - 10h42
(atualizado às 11h15)
<p>Uma das mães das meninas sequestradas na escola em Chibok enxuga as lágrimas durante um comício de grupos da sociedade civil que pressionam para a liberação das meninas em Abuja, 6 de maio, antes do Fórum Econômico Mundial</p>
Uma das mães das meninas sequestradas na escola em Chibok enxuga as lágrimas durante um comício de grupos da sociedade civil que pressionam para a liberação das meninas em Abuja, 6 de maio, antes do Fórum Econômico Mundial
Foto: AFP

Um ataque do grupo islamita nigeriano Boko Haram provocou centenas de mortes em uma cidade do nordeste da Nigéria, perto da fronteira com Camarões, informaram nesta quarta-feira um senador e várias testemunhas.

A notícia do ataque à localidade de Gamboru Ngala foi revelada horas depois da ação dos islamitas na segunda-feira.

Publicidade

O senador Ahmed Zanna afirmou nesta quarta-feira à AFP que "o balanço de mortos no ataque se aproxima de 300", enquanto os moradores da localidade informaram que recuperaram mais de 100 corpos até o momento.

Gamboru Ngala fica localizada no estado de Borno, reduto histórico do Boko Haram, que reivindicou o recente sequestro de mais de 200 adolescentes na mesma região.

De acordo com testemunhos de habitantes, os criminosos, que chegaram na cidade em plena luz do dia em veículos blindados e vans pintadas com as cores da polícia e do exército, incendiaram o mercado, o escritório da alfândega, a delegacia da polícia e quase todas as lojas da cidade.

A insurgência liderada pelo Boko Haram, que nasceu há cinco anos, fez milhares de vítimas na Nigéria, país mais populoso do continente africano.

Publicidade

A violência se concentra na região nordeste, onde o Exército realiza uma grande operação há um ano para tentar acabar com a insurgência.

O recurso do exército à milícias privadas, formadas por civis, em sua luta contra os islamitas, fez o Boko Haram se voltar contra populações locais.

Agora, o "Boko Haram ataca aldeias inteiras (...) matando, por vezes, até 200 e 300 homens e mulheres locais" para vingar a cumplicidade de civis com os militares, de acordo com o pesquisador francês Marc-Antoine Pérouse de Montclos.

Foto: Arte Terra

Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações