ONU: venda de meninas sequestradas é crime contra humanidade

223 meninas permanecem em cativeiro; algumas já teriam sido vendidas por até 12 dólares

6 mai 2014 - 10h51
(atualizado às 10h56)
<p>Pessoas seguram cartazes em um protesto, em 5 de maio, exigindo a libertação das estudantes raptadas da aldeia remota de Chibok em meados de abril</p>
Pessoas seguram cartazes em um protesto, em 5 de maio, exigindo a libertação das estudantes raptadas da aldeia remota de Chibok em meados de abril
Foto: Reuters

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos condenou nesta terça-feira a ameaça do grupo nigeriano islamita Boko Haram de vender como escravas mais de 200 estudantes sequestradas, o que pode constituir um crime contra a humanidade.

"Estamos muito preocupados com as declarações indignas divulgadas em um vídeo e atribuídas ao líder do Boko Haram na Nigéria, que descaradamente afirma que venderá 'no mercado' as estudantes sequestradas e que vai 'casá-las', referindo-se a elas como 'escravas'", afirmou Rupert Colville, porta-voz da Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay.

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O grupo islamita sequestrou 276 adolescentes estudantes em uma escola de Chibok (nordeste) há três semanas. No total, 53 conseguiram escapar e 223 permanecem em cativeiro.

"Condenamos o violento sequestro destas jovens", disse Colville.

"Advertimos os autores deste ato de que a legislação internacional proíbe absolutamente a escravidão, sexual ou não. Estes atos podem constituir, sob certas circunstâncias, um crime contra a humanidade".

"As adolescentes devem ser imediatamente libertadas e devolvidas a suas famílias", completou.

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