A polícia da Tunísia prendeu o mentor do atentado contra o museu do Bardo, em Túnis, e mais 23 pessoas ligadas a grupos terroristas, informou o Ministério do Interior do país nesta quinta-feira.
Mohamed Amine Guebli orquestrou a ação com os extremistas do Ansar al-Sharia e o Okba Ibn Nafaa. Segundo os investigadores, o ataque contra a instituição foi realizado por quatro subgrupos, cada um encarregado por uma etapa: organização, execução, apoio logístico e a preparação da fuga após o crime. Com isso, eles queriam destruir a economia tunisiana.
Porém, entre os 24 detidos desta quinta-feira ainda não está o terceiro membro do atentado, Maher Bun al-Moulidi al-Qaidi. Eles ainda anunciaram que estão buscando mais dois marroquinos e um argelino que também teriam participado da execução do plano.
De acordo com as informações dos policiais, a ação das autoridades no dia conseguiu prevenir um problema ainda maior, já que os dois terroristas - mortos pelos agentes de segurança - possuíam duas bombas Semtex e muitas granadas.
"Evitamos uma catástrofe ainda maior porque os terroristas tinham armas de cunho militar, que trouxeram da Líbia", disse o ministro do Interior, Najem Garshalli. Ao revelar a identidade do mentor do crime, a Procuradoria de Roma anunciou que quer interrogá-lo e que montará uma equipe de procuradores para ir à Túnis. No dia do ataque, entre os 24 mortos, quatro eram italianos.