Procon quer que Boeings 737 não decolem após queda na África

Procurada, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que está acompanhando as investigações em torno do modelo da Boeing.

11 mar 2019 - 15h46
(atualizado às 15h51)

A Fundação Procon-SP informou nesta segunda-feira que vai pedir para a companhia aérea Gol suspender operações com as aeronaves Boeing 737 MAX 8, após nova queda de avião do modelo ocorrida no domingo na África.

"O objetivo da ação é prevenir que ocorram futuros acidentes colocando em risco a vida dos usuários do transporte aéreo", afirmou a entidade de defesa de direitos dos consumidores em comunicado à imprensa.

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A companhia aérea informou mais cedo que mantém seus sete Boeing 737 MAX 8 em operação e que está em contato próximo com a Boeing para esclarecimentos. "A companhia reitera a confiança na segurança da sua operação", afirmou a empresa aérea brasileira.

O Boeing 737 Max-8 tinha 157 pessoas a bordo, de mais de 30 nacionalidades
O Boeing 737 Max-8 tinha 157 pessoas a bordo, de mais de 30 nacionalidades
Foto: Jonathan Druion / BBC News Brasil

No domingo, um Boeing 737 MAX 8 com destino a Nairóbi, operado pela Ethiopian Airlines, caiu minutos depois de decolar de Addis Abeba, matando 157 pessoas. O mesmo modelo, operado pela Lion Air, caiu na costa da Indonésia em outubro, matando todas as 189 pessoas que estavam no avião.

"Considerando que a segurança é um direito fundamental do consumidor, a Fundação Procon-SP...notificará hoje a Gol Linhas Aéreas para que suspenda imediatamente a operação de todas as aeronaves da Boeing modelo 737 MAX 8, em razão da ocorrência de acidentes de perfil semelhante em curto espaço de tempo", afirmou a entidade.

A Gol afirmou que os 737 MAX 8 utilizados pela empresa atualmente operam basicamente em rotas internacionais como Quito e Flórida (EUA). A empresa tem atualmente uma frota de 121 aviões Boeing e encomenda de 135 aeronaves MAX 8 e MAX 10, a serem entregues até 2028.

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Procurada, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que está acompanhando as investigações em torno do modelo da Boeing.

As ações da Boeing despencavam cerca de 6 por cento. Após a queda do avião no domingo, o regulador da indústria de aviação da China (CAA) proibiu nesta segunda-feira voos de quase 100 aeronaves Boeing 737 MAX 8 operados pelas companhias aéreas do país.

Já as ações da Gol lideravam as quedas do Ibovespa, recuando 2,85 por cento às 15h34, enquanto o índice tinha alta de 2,6 por cento.

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