Subiu para 147 o número de mortos em um ataque dos islamitas somalis shebab contra a universidade queniana de Garissa, no Quênia, nesta quinta-feira, de acordo com um novo balanço fornecido pelo Centro Nacional de Gestão de Desastres (NDOC). Mais cedo, havia sido divulgada a morte de pelo menos 70 estudantes.
A operação conduzida pelas forças de segurança quenianas para recuperar o controle da Universidade, invadida na madrugada, está "terminada (e) os quatro terroristas foram mortos", indicou o NDOC, quase 16 horas após o início do ataque nessa cidade localizada a 150 km da fronteira com a Somália.
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Mais de 500 alunos foram resgatados depois que os militantes atacaram o campus por volta das 5h30 (horário local). As vítimas dormiam em seus dormitórios no momento do atentado.
Um aluno relatou que os militantes invadiram o local e perguntaram aos estudantes se eram cristãos ou muçulmanos. Aqueles que disseram ser adeptos do cristianismo foram assassinados, segundo informações da agência de notícias Associated Press. "A cada disparo, eu pensava que iria morrer", completou o estudante entrevistado que não revelou a identidade.
O atentado contra a universidade de Garissa acontece um ano e meio depois de quatro militantes do al-Shabab matarem 67 comerciantes em um shopping de Westgate. O ataque foi considerado o pior atentato terrorista cometido em solo queniano desde 1998, quando uma bomba explodiu na embaixada americana.
O al-Shabab matou mais de 200 pessoas no Quênia em dois anos, como forma de retaliação ao envio de tropas ao seu país de origem, a Somália.