O Quênia vive a partir desta quarta-feira o luto nacional de três dias após o ataque ao shopping de luxo Westgate de Nairóbi por um grupo islamita. Ao menos 67 morreram, mas os serviços de resgate ainda buscam corpos que podem estar sob os escombros. Vários países, incluindo o Reino Unido, Estados Unidos, Israel, Alemanha e Canadá participam das investigações.
Durante o cerco, Israel, Estados Unidos e Reino Unido apoiaram as forças quenianas sem intervir diretamente. Pelo menos 61 civis, seis membros das forças de segurança quenianas, além de mais cinco terroristas morreram no ataque iniciado sábado e que terminou na terça-feira à noite.
O registro de mortos deve aumentar. Ao menos 71 pessoas ainda estão desaparecidas, segundo a Cruz Vermelha. Além disso, pode haver outros estrangeiros que tiveram seus desaparecimentos registrados nas embaixadas de seus países. Os radicais islâmicos shebab da Somália, ligados à Al-Qaeda, anunciaram no Twitter que 137 reféns tinham morrido na ação.
O presidente queniano, Uhuru Kenyatta, e seu governo "devem ser considerados responsáveis pela perda das vidas de 137 reféns nas mãos dos mujahedines", afirma a mensagem dos islamitas. Eles também acusaram as forças quenianas de terem utilizado "gás químico" para acabar com o ataque e de terem "provocado o desabamento do edifício, para enterrar as provas e todos os reféns sob os escombros".
1 de 64
21 de setembro - Policial armado faz segurança de área dentro de um centro comercial de luxo em Nairóbi, no Quênia, onde criminosos abriram fogo e mataram dezenas de pessoas neste sábado. Um grupo armado e encapuzado invadiu o centro comercial Westgate Mall, um dos mais luxuosos de Nairóbi, cuja clientela é formada principalmente por quenianos ricos e estrangeiros
Foto: Reuters
2 de 64
21 de setembro - Mulher desmaia após ser resgatada com vida do shopping tomado por terroristas da rede terrorista somali Al-Shabab
Foto: AP
3 de 64
21 de setembro - Os criminosos dispararam e lançaram granadas contra os clientes - africanos, indianos e ocidentais - e contra os funcionários do shopping. O Ministério do Interior do Quênia afirmou que o tiroteio em massa em um shopping center na capital queniana pode ser um ataque terrorista
Foto: Reuters
4 de 64
21 de setembro - Policiais quenianos armados com fuzis durante a operação de resgate no shpping em Nairóbi
Foto: AP
5 de 64
21 de setembro - Testemunhas disseram que homens em trajes árabes invadiram a Westgate Mall, um dos mais luxuosos da capital queniana, lançaram granadas e abriram fogo indiscriminadamente
Foto: Reuters
6 de 64
21 de setembro - Soldados organizam operação de invasão do shopping atacado por terroristas da Al-Shabab
Foto: AP
7 de 64
21 de setembro - O Ministério do Interior informou que avalia a hipótese de ataque terrorista
Foto: Reuters
8 de 64
21 de setembro - Mulheres carregam crianças em busca de um local seguro no local do ataque a civis no shopping Westgate, no Quênia
Foto: Reuters
9 de 64
21 de setembro - Corpo aparece próximo a escada do centro comercial Westgate, no Quênia
Foto: AP
10 de 64
21 de setembro - Seguranças carregam uma mulher ferida após o ataque de homens armados em Nairóbi. Uma testemunha informou à AP que os atiradores disseram a muçulmanos para deixar o centro comercial e que seus alvos seriam os fiéis de outras religiões
Foto: AP
11 de 64
21 de setembro - Homem ferido deixa local do ataque no shopping Westgate Mall, no Quênia
Foto: AP
12 de 64
21 de setembro - O grupo armado disparou com armas automáticas e lançou granadas contra os clientes e funcionários; houve dezenas de mortos e feridos
Foto: AP
13 de 64
21 de setembro - Soldado armado se posiciona após registro de novos disparos e explosões no shopping Westgate, em uma área nobre de Nairóbi. Horas depois de ser atacado durante a manhã de sábado por homens armados, novos tiroteios e uma pequena explosão foram registrados no centro comercial queniano
Foto: AP
14 de 64
21 de setembro - Policiais armados chegam ao centro comercial Westgate, em Nairóbi, em meio ao letal tiroteio de sábado
Foto: Reuters
15 de 64
21 de setembro - Oficiais de segurança observam área dentro do shopping center Westgate, em Nairobi. O grupo fundamentalista islâmico Al Shabaab, ligado à Al Qaeda, disse neste sábado que o Quênia havia recebido repetidos avisos para retirar suas tropas da Somália sob pena de sofrer "consequências graves", mas não reivindicou a responsabilidade pelo ataque ao shopping
Foto: Reuters
16 de 64
21 de setembro - Reféns são escoltados após resgate do shopping atacado por terroristas da Al-Shabab
Foto: AP
17 de 64
21 de setembro - Reféns deixam shopping center após fim do ataque dos terroristas na capital do Quênia
Foto: AP
18 de 64
21 de setembro - Mulher feita refém deixa shopping de Nairóbi
Foto: AP
19 de 64
22 de setembro - O presidente do Quênia disse que as forças de segurança que enfrentam militantes em um shopping center de Nairóbi têm uma boa chance de neutralizá-los
Foto: Reuters
20 de 64
22 de setembro - Soldados das Forças Armadas do Quênia chegam para reforçar segurança nas proximidades de shopping
Foto: AP
21 de 64
22 de setembro - Soldados deixam shopping Westgate no Quênia após forte explosão e tiros
Foto: AP
22 de 64
23 de setembro - Soldados quenianos trocaram tiros com os invasores nesta segunda-feira
Foto: AFP
23 de 64
23 de setembro - Paramédicos correm do lado de fora do shopping Westgate após explosões e tiroteio
Foto: AP
24 de 64
23 de setembro - Policiais armados preparam operação do lado de for a do shopping Westgate, em Nairóbi
Foto: AP
25 de 64
23 de setembro - Homem identificado como Stephen é confortado por parentes enquanto aguarda pelo resultado da autópsia de seu pai, morto no ataque ao shopping
Foto: AP
26 de 64
23 de setembro - O pai de Stephen foi morto no sábado, quando os militantes do grupo somali Al-Shabab invadiram o shopping Westgate
Foto: AFP
27 de 64
23 de setembro - Fotojornalistas se deitam no chão para se proteger de tiroteio
Foto: AP
28 de 64
23 de setembro - Quenianos fazem fila para doar sangue para as vítimas
Foto: AP
29 de 64
23 de setembro - Mulher queniana doa sangue para vítimas do ataque terrorista
Foto: AP
30 de 64
23 de setembro - Pessoas tentam se proteger após ouvirem intenso tiroteio dentro do shopping
Foto: AP
31 de 64
23 de setembro - Nuvem de fumaça negra sai do shopping Westgate após explosões e tiroteios serem ouvidos
Foto: AP
32 de 64
23 de setembro - Policiais se protegem após uma série de explosões atingir o shopping
Foto: AFP
33 de 64
23 de setembro - Policiais quenianos se agacham atrás de mureta durante tiroteio
Foto: AFP
34 de 64
23 de setembro - Paramédicos da Cruz Vermelha se protegem após ouvirem troca de tiros dentro do shopping Westgate
Foto: AP
35 de 64
23 de setembro - Policiais se preparam em meio a árvores para entrar no shopping
Foto: Reuters
36 de 64
24 de setembro - Governo queniano declarou que forças militares "controlam" o edifício
Foto: AP
37 de 64
24 de setembro - Exército queniano faz patrulha ao redor do centro comercial
Foto: AP
38 de 64
24 de setembro - Soldados invadem prédio após registro de novos tiros e explosões
Foto: Reuters
39 de 64
24 de setembro - Fogo foi observado nos fundos do edifício
Foto: AP
40 de 64
24 de setembro - Forças de segurança quenianas patrulham os arredores do shopping
Foto: AP
41 de 64
24 de setembro - Policiais e soldados quenianos aguardam ordens nos arredores do shopping
Foto: AP
42 de 64
24 de setembro - Soldado queniano se prepara para entrar no shopping após novo tiroteio
Foto: AP
43 de 64
24 de setembro - Soldados correm para assumir posição
Foto: AP
44 de 64
24 de setembro - Veículo armado do Exército queniano se aproxima do shopping
Foto: AP
45 de 64
24 de setembro - Soldados quenianos se preparam para entrar no shopping Westgate após tiroteio
Foto: AP
46 de 64
26 de setembro - Homem chora durante o enterro de um jornalista morto durante a ação no shopping Westgate
Foto: AFP
47 de 64
26 de setembro - Funcionários de um cemitério da capital do Quênia colocam flores em uma das sepulturas
Foto: AFP
48 de 64
26 de setembro - Imagem de vídeo divulgada pelos militares quenianos mostra a destruição no shopping Westegate após quatro dias de cerco
Foto: AFP
49 de 64
26 de setembro - Foi aberta uma grande cratera no estacionamento
Foto: AFP
50 de 64
26 de setembro - Explosões causaram o colapso dos andares do shopping
Foto: AFP
51 de 64
26 de setembro - Vários carros também ficaram destruídos
Foto: AFP
52 de 64
28 de setembro - Uma semana após o início do ataque terrorista, veículos permanecem estacionados no shopping Westgate à espera que seus donos o recuperem e em meio aos destroços do centro comercial. Três andares do shopping desabaram parcialmente por causa de incêndios
Foto: AP
53 de 64
28 de setembro - Caminhonete foi deixada pelo dono no estacionamento durante o ataque ao Westgate e posteriormente foi atingida pelo colapso de parte da estrutura
Foto: AP
54 de 64
28 de setembro - Carro permanece estacionado em uma entrada inferior do centro comercial
Foto: AP
55 de 64
28 de setembro - Veículo foi destruído com o desabamento da estrutura
Foto: AP
56 de 64
28 de setembro - Carros foram consumidos pelas chamas e despencaram de um andar superior com o desabamento
Foto: AP
57 de 64
28 de setembro - Incêndio provocou o desabamento do estacionamento localizado em andar superior
Foto: AP
58 de 64
30 de setembro - Loja de computadores FoneXpress foi destruída durante o ataque de quatro dias ao shopping center Westgate, em Nairóbi. Autoridades quenianas divulgaram nesta segunda-feira novas fotos do interior do centro comercial atacada por terroristas somalis no dia 21 de setembto
Foto: AP
59 de 64
30 de setembro - Imagem mostra o interior de cafeteria no primeiro andar do shopping center Westgate, em Nairóbi
Foto: AP
60 de 64
30 de setembro - Restaurante Artcaffe em imagem do dia 27 de setembro
Foto: AP
61 de 64
30 de setembro - Restaurante Artcaffe em imagem do dia 27 de setembro
Foto: AP
62 de 64
30 de setembro - Peritos forenses investigam o primeiro andar do Westgate em imagem do dia 27
Foto: AP
63 de 64
30 de setembro - Veículos queimados são vistos em andar de estacionamento afetado pelo desabamento de parte da estrutura
Foto: AP
64 de 64
30 de setembro - Peritos investigam carro estacionado nas proximidades do centro comercial em imagem do dia 26 divulgada hoje
Foto: AP
Um soldado que havia entrado no shopping terça-feira, nas primeiras horas dos confrontos, contou ter visto "sangue por todos os lados". "Os corpos estavam queimados e alguns, em decomposição", afirmou. As identidades dos membros do grupo islamita - de 10 a 15 pessoas segundo Nairóbi - e o que aconteceu a eles, continuam a ser grandes pontos de interrogação.
Publicidade
Logo após o início da crise, houve rumores sobre o envolvimento de combatentes estrangeiros, incluindo americanos e britânicos. Segundo as autoridades quenianas, onze suspeitos do ataque foram detidos, incluindo um britânico. "Podemos confirmar a detenção de um cidadão britânico em Nairóbi", confirmou uma porta-voz do Foreign Office (Ministério das Relações Exteriores), antes de informar que existem conversas "para oferecer assistência consular de rotina".
A porta-voz não informou se o detido é homem ou mulher. Fontes da diplomacia queniana afirmaram na terça-feira que havia uma cidadã britânica entre os terroristas, levando a entender que seria Samantha Lewthwaite, 29 anos, filha de um militar britânico e viúva de um dos autores dos atentados de Londres em 2005. Conhecida como "a viúva branca", essa muçulmana convertida era casada com Germaine Lindsay, um dos quatro homens-bomba que atacaram a rede de transportes públicos de Londres em julho de 2005, em uma ação que matou 52 pessoas.
Na terça-feira, em um discurso na TV para anunciar o fim de um cerco de quase 80 horas, Kenyatta advertiu que o número de vítimas aumentaria, já que o teto do Westgate havia desabado parcialmente. O presidente decretou três dias de luto e prometeu perseguir os criminosos. "Ainda há corpos entre os escombros", disse.
Na manhã desta quarta-feira, as esquipes de resgate trabalhavam nas imediações do centro comercial destruído por tiros, explosões e incêndios. Especialistas em explosivos auxiliados por robôs teleguiados inspecionavam o local para verificar se os islamistas não deixaram bombas na área. Cães farejadores auxiliavam nas buscas por bombas e corpos de de desaparecidos.
Publicidade
Desde que o Quênia lançou uma operação militar na Somália no final de 2011, o país recebeu várias ameaças de insurgentes. O Quênia também foi alvo de uma série de ataques, mas em escala muito menor e que nunca foram reivindicados diretamente pelos shebab.
Antes do ataque ao Westgate, os quenianos, ajudados há vários meses por muitas agências de segurança estrangeiras, inclusive o FBI, conseguiram frustrar várias tentativas de ataques. Segundo autoridades americanas citadas pelo jornal The New York Times, o grupo islamita que atacou o centro comercial agiu de acordo com um plano detalhado, escondendo armas no local com antecedência.
1 de 20
None
Foto: Reuters
2 de 20
None
Foto: Reuters
3 de 20
None
Foto: Reuters
4 de 20
None
Foto: AP
5 de 20
None
Foto: AFP
6 de 20
None
Foto: Reuters
7 de 20
None
Foto: AP
8 de 20
None
Foto: AFP
9 de 20
None
Foto: Reuters
10 de 20
None
Foto: Reuters
11 de 20
None
Foto: Reuters
12 de 20
None
Foto: Reuters
13 de 20
None
Foto: Reuters
14 de 20
None
Foto: Reuters
15 de 20
None
Foto: AP
16 de 20
None
Foto: AFP
17 de 20
None
Foto: AFP
18 de 20
None
Foto: Reuters
19 de 20
None
Foto: Reuters
20 de 20
None
Foto: AP
Todos os direitos de reprodução e representação reservados.