Serra Leoa fará buscas por pacientes de ebola casa a casa

Taxas de infecção estão em ascensão mais rápida em Serra Leoa, e o país tem mais da metade dos 18 mil casos confirmados do vírus

17 dez 2014 - 10h11
(atualizado às 11h07)
Médicos de Serra Leoa vestem roupas protetoras em Freetown, Serra Leoa. 16/12/2014.
Médicos de Serra Leoa vestem roupas protetoras em Freetown, Serra Leoa. 16/12/2014.
Foto: Baz Ratner / Reuters

O governo de Serra Leoa disse na quarta-feira que vai dar início a buscas por pacientes com ebola casa a casa e impor restrições a viagens internas como parte de um novo impulso para combater a epidemia do vírus letal.

Funcionários de saúde vão procurar por vítimas de ebola e qualquer pessoa com tenha mantido contato, transportando os infectados para os novos centros de tratamento construídos com ajuda britânica, conforme um plano do governo anunciado nesta semana.

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Serra Leoa, Guiné e Libéria estão no centro do pior surto de ebola já registrado no mundo. As taxas de infecção estão em ascensão mais rápida em Serra Leoa, e o país tem mais da metade dos 18 mil casos confirmados do vírus.

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O presidente Ernest Bai Koroma disse que, de acordo com as medidas, os fiéis devem voltar diretamente para casa após as cerimônias do dia de Natal e outras festividades estão proibidas. As missas de ano-novo devem ser encerradas às 17h (horário local), enquanto as comemorações pela virada de ano também ficam proibidas.

"Essa é a temporada festiva, quando os cidadãos de Serra Leoa costumam celebrar com suas famílias de maneira extravagante e alegre, mas todos devem ser lembrados de que nosso país está em guerra contra um inimigo feroz", disse ele em um pronunciamento ao país.

O governo também impôs restrições a viagens entre distritos, e proibiu o comércio aos domingos, assim como determinou o encerramento do horário comercial nos sábados ao meio-dia, anunciou Koroma.

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As novas medidas fazem parte de uma investida de um mês dentro e em torno da capital Freetown, com o objetivo de conseguir avançar no combate à doença no prazo de quatro a seis semanas, disse o chefe da força-tarefa britânica, Donal Brown, na terça-feira.

Foto: Arte Terra

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